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Em reunião no início da semana com o
secretário de Comunicação e Articulação Política, Rodrigo Lago, a
diretoria do Sinproesemma cobrou explicações sobre as alterações de
alíquotas para os servidores públicos estaduais, aprovada na Assembleia
Legislativa no dia 20 de novembro, através do PLC 104/2019, dando início
a reforma estadual da previdência.
O sindicato questionou a mudança da
alíquota e a pressa na votação do projeto, a falta de diálogo com as
categorias envolvidas e ainda sobre a composição do Comitê que vai
discutir a Reforma.

Segundo a Emenda Constitucional nº
103/2019, conhecida como a Reforma da Previdência, aprovada na Câmara
dos Deputados e Senado Federal em que o Sinproesemma tanto combateu e
lutou em diversos atos de rua, audiências públicas e seminários durante
os últimos anos, como por exemplo as mobilizações do 15M, 30M, 14J e
13A. No Art. 9º da EC 103/2019 diz que até que entre em vigor lei
complementar que discipline o § 22 do art. 40 da Constituição Federal,
aplicam-se aos regimes próprios de previdência social o disposto na Lei
nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, e o disposto neste artigo. Já no §
4º diz que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão
estabelecer alíquota inferior à da contribuição dos servidores da União,
exceto se demonstrado que o respectivo regime próprio de previdência
social não possui déficit atuarial a ser enquadrado que é o caso do
Maranhão, daí a necessidade de fazer as adequações das alíquotas
aplicáveis ao Regime Geral da Previdência Social. hipótese em que a
alíquota não poderá ser inferior às alíquotas aplicáveis ao Regime Geral
de Previdência Social. Segundo o secretário o Fundo Estadual de Pensão e
Aposentadoria (Fepa) após 2013 começou a operar com déficit, devido ao
número de novas aposentadorias e a falta de contribuintes, provenientes
do número de desempregados e da recessão, para alimentar o fundo.

“Já vínhamos alertando os trabalhadores
(as) para os malefícios dessa Reforma da Previdência. Sabíamos os danos
que ela iria trazer para todos nós trabalhadores, por isso que em vários
momentos, em uma luta travada desde 2016, convocamos a categoria para
vir a rua e muitos fizeram pouco caso do que poderia acontecer, agora
estamos pagando esse preço alto em não ter feito o combate para evitar
esse retrocesso. É preciso que a partir de agora, com essa nova
realidade que nos foi apresentada façamos frente a essa reforma da
previdência estadual para diminuir os impactos para os servidores
públicos do Estado. O Sinproesemma está cobrando sua participação na
composição do Comitê que discutirá a reforma estadual para defender os
direitos dos servidores, em especial, dos trabalhadores em educação”,
disse Oliveira, presidente do Sinproesemma.
Reunião das Centrais
Ainda durante a semana, o Sinproesemma
participou de reunião organizado pelas Centrais Sindicais que discutiu o
projeto de Lei encaminhado pelo Governo do Estado que trata da
adequação das alíquotas à EC 103/2019 e a reforma da previdência
estadual e o posicionamento que irão tomar frente a essas questões.
Participaram do encontro a CTB, CSB, Força Sindical e CSP Conlutas.
Ficou deliberado que será formulado um
documento endereçado ao Governo do Estado onde será cobrado a
comprovação do déficit no Fundo Estadual de Pensão e Aposentadoria
(Fepa), visto que até agora o Governo não comprovou tal rombo nas
contas, sendo esse argumento o principal fator de mudança na alíquota da
previdência.
Outro ponto de deliberação foi o pedido
de rediscussão da formação do Comitê de Adequação do Regime Próprio de
Previdência Social onde os Sindicatos Classistas e Centrais Sindicais
ficaram de fora da composição, perdendo a efetiva participação no
processo de construção da Reforma da Previdência Estadual.
Está sendo organizado ainda pelas
Centrais Sindicais um calendário de mobilizações para alertar a
população sobre os principais pontos da Reforma da Previdência Estadual,
que assim que for finalizado será amplamente divulgado.
“Vamos cobrar a nossa participação
efetiva nesse Comitê que discutirá a proposta de reforma da Previdência
Estadual, assim como um documento que realmente mostre que o FEPA é
deficitário dando prejuízo para os cofres do Estado. Caso o governo não
comprove vamos lutar para derrubar essa adequação das alíquotas
implantadas pelo governo do Estado. Vamos nos manter mobilizados e
continuar a luta para evitar que mais direitos dos servidores públicos
do nosso Estado sejam usurpados”, finalizou Oliveira.
Fonte: sinproesemma
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