62 casas foram construídas no bairro São
Raimundo. Em 28 de junho de 2012 a maioria das famílias se mudou. Eram
e continuam sendo vítimas de um alagamento registrado em maio de
2009, nos bairros Horta e Olaria, que ganharam moradias populares
inacabadas.
A TV Mirante mostrou na semana passada
que são casas construídas pela Prefeitura de Timbiras com recursos do
Governo Federal que possuem dois quartos, um banheiro e uma sala que
as pessoas também usam como cozinha. Tudo muito apertado, mas tamanho,
literalmente, é o de menos. Há muito mais coisas que chamam a atenção
nas residências da chamada VILA 13.
Dona Maria da Paz Chaves deparou-se com
uma triste realidade quando recebeu a chave da casa das mãos do governo
do ex-prefeito, Nonato Pessoa. Nem ligação de água potável tinha.
“A
água foi nós que mandamos encanar, aí fossa também não tinha, aí a gente
pagou pra mandar fazer tudinho…REBOCOU? Isso…E A ENERGIA? A energia por
hora é gambiarra, foi nós também”, respondeu
PRECARIEDADE CONTINUA
Até hoje a maioria está como foi
entregue – não há piso cerâmico e o que foi feito como nos mostrou seu
Francisco das Chagas Freire é bastante frágil. A casa dele está com
alicerce comprometido. Pintaram apenas a frente, por dentro nem o reboco
das paredes fizeram. SEU FRANCISCO NOS MOSTRA SITUAÇÃO/VÍDEO DO BLOG.
Nos banheiros só colocaram o vaso sanitário sem qualquer tubulação de esgoto.
“Não tem reboco, não tem piso,
nem sequer a tubulação do banheiro, não tinha nada, nada, nada…E POR QUE
VOCÊS ACEITARAM ENTRAR? Por causa que a necessidade obriga”, disse o
aposentado com ar de indiganação.
PRESSÃO ELEITORAL
Os moradores da Vila receberam tudo as
pressas, num ano eleitoral (2012), sob ameaça, como deixou claro a fala
da dona de casa, Francisca Santos da Silva.
“É
porque diz que era pra entregar e se a gente não recebesse diz que a
gente ia perder a casa, aí fiquei com medo, foi por isso que eu recebi”,
explicou
Mesmo diante de tantos problemas nenhuma
autoridade até agora apareceu para ajuda-los, tanto que ainda vivem em
ruas sem esgoto, pavimentação e sem energia elétrica mantida à base da
clandestinidade.
“Dois anos sem energia,
ela já veio uma três vezes e cortou nossa energia…E VOCÊS FAZE M O QUE
DE NOVO? Torna de novo repetir com eletricista, a gente paga R$ 70 e
fazendo a vaquinha com uns e outros, os amigos…NA GAMBIARRA? É, uns
pagam outros não pagam e a gente vai e coopera (…) pra não ficar as
crianças no escuro a gente faz isso”, sustentou o lavrador Marcos Rocha
ENGANADAS
As 62 famílias se sentem enganadas e há quase dois anos aguardam um fim menos trágico para esta história.
“Um desrespeito não só comigo mas com a
população em geral, que o projeto veio pra população então o desrespeito
não foi só comigo foi com a população em geral”, criticou o aposentado
Francisco das Chagas Freire.
“Porque a gente é ser humano e ser humano não merece viver do jeito que nós estamos vivendo aqui”, finalizou Marcos Rocha.
Fonte:blog do acelio
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