![]() |
Valdenir morreu aos 31 anos de idade |
A lavradora Valdenir da Silva Guimarães,
de 31 anos, foi enterrada ontem (4) à tarde no cemitério do povoado São
Joaquim, há 35 kms da sede do município onde passou o dia sendo velada
por parentes e amigos no mesmo caixão onde colocaram a pequena ANA
Vitória, ambas vítima de uma tragédia.
Ela chegou ao Hospital Geral Municipal
já em trabalho de parto. A bebê, nascida já na madrugada de
terça-feira (3) não resistiu e o pai, Antonio César Silva Aguiar, até
ontem, mesmo tendo conversado com o médico que fez procedimento,
ainda nem sabia se a segunda filha do casal teria vindo ao mundo com
ou sem vida.
Em entrevista ao rádio e à TVs
codoenses, ele contou trechos de momentos angustiantes que passou dentro
do HGM. O transcrito abaixo refere-se à um encontro que teve logo após
a notícia da morte da menina com o obstetra de plantão Osnir Maranhão
Piorski.
“Ele Disse olha – a
criança nasceu, tentei salvar a vida dela com oxigênio, mas não
consegui, aí eu fui e bati no ombro dele e disse – como? a enfermeira
veio e falou pra mim que nasceu morta. Ele disse – se ela disse ela tá
mentindo”, sustentou o entrevistado
MORTE DA MULHER
![]() |
César – esposo está indignado e vai à Justiça |
Depois de receber a notícia da morte da
filha César continuou no hospital. Às 2h da madrugada Valdenir teria
contado que estava sangrando muito.
A partir de então, e durante duas horas e
10 minutos, o homem diz que tentou pedir socorro para a esposa
chamando, diversas vezes por meio dos enfermeiros, Dr. Osnir.
Sustenta, sem qualquer sinal de variação na conversa, que quando o médico resolveu atender, a mulher já estava morta.
“Eles não levaram nem pra o quarto,
porque eles deixaram ela no corredor aí quando ela morreu ele puxou ela
pra dentro do quarto(…) ENTÃO O SENHOR ESTÁ CONVICTO DE QUE SE TIVESSE
HAVIDO ATENDIMENTO O SENHOR NÃO TERIA PERDIDO? Não, não teria perdido
não, podia ter perdido o menino, como já tinha perdido mesmo, mas a
mulher tinha perdido não”, disse em entrevista à TV Mirante.
PALAVRA DA SECRETARIA
Na manhã de ontem,
![]() |
Dr. Osnir Maranhão Piorski |
O médico Osnir Maranhão Piorski
preferiu não gravar entrevista, orientado por Torres. Mas indagado
pelos repórteres disse que a criança pode ter sofrido falta de oxigênio
na hora do parto e afirmou que ela nasceu morta. Para ele, a mãe morreu
vítima de uma hemorragia que não poderia ser controlada, possivelmente,
por conta de uma forte anemia que tinha.
Negou que tenha sido procurado pelo
marido em desespero ou por enfermeiros (técnicos/auxiliares), afirmou
que quando soube da gravidade do caso foi fazer o atendimento e, antes
disso, manteve-se no centro cirúrgico trabalhando com outras pacientes.
NOTA OFICIAL
Quem gravou a respeito do caso foi o secretário de saúde Ricardo Torres.
Defendeu que ainda é cedo pra concluir
sobre se houve omissão ou negligência por parte do médico e sua equipe.
Informou que em 3 dias o hospital emitirá uma nota oficial detalhando o
ocorrido.
“No contexto de um sindicância nós vamos
detalhar tudo que aconteceu na madrugada e vamos repassar essas
informações tanto para o Ministério da Saúde, tanto para a família da
paciente, como é normal, pra que todos fiquem, absolutamente, cientes da
postura adotada por cada um dos profissionais e a partir daí a família
tenha as conclusões devidas”, afirmou
NA JUSTIÇA
César, que perdeu a esposa e a filha, não tem dúvidas sobre a falha na prestação do serviço e vai levar o caso à Justiça.
“Pretendo ir procurar a Justiça, muita
gente de prova, o pessoal lá que me conhece já me mandou entrar na
Justiça contra o hospital (…) Como aconteceu com ela, pode acontecer com
outra família”, garantiu
Fonte: Blog do Acelio
Isso foi no HGM de Timbiras ou Codó ?????
ResponderExcluir