Por Carol Oliveira - Amazonas
Em época de preparação para os Jogos Olímpicos, Rayssa Leal tirou um tempo dos treinamentos para cuidar do meio ambiente. Junto com Comitê Olímpico do Brasil (COB), a skatista foi até a Amazônia para ajudar no reflorestamento da Floresta Nacional do Tefé. A área, que é gerida e protegida pelo governo federal, recebeu integrantes do Time Brasil para participar do programa especial do Comitê Olímpico Internacional (COI), que tem a iniciativa de restaurar florestas pelo mundo.
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Comunidade na Floresta do Tefé recebendo a skatista Rayssa Leal — Foto: Carol Oliveira |
Rayssa Leal e Paulo Vanderlei, presidente do COB, plantaram mudas de Jatobá, as primeiras árvores da Floresta Olímpica. Essa foi a primeira vez que a skatista visitou uma floresta nacional. Ela faz parte de uma geração de jovens que vem crescendo com consciência ecológica.
- Eu acho que a gente está numa geração que quer cuidar muito pra preservar tudo que a gente tem porque tudo isso aqui é muito especial. Vale muito pro futuro. De pensar no futuro, de pensar nas próximas pessoas, dos meus filhos, dos netos, enfim. Todo ano eu vou querer vir aqui, ver como é que está, acompanhar o crescimento - comentou Rayssa Leal.
A comunidade que mora na Floresta Nacional do Tefé sente no dia a dia a consequência do desmatamento na região. E o COI, sabendo dos desgastes que as Olimpíadas trazem para o meio ambiente, fizeram um programa para restaurar florestas no mundo como uma forma de compensar pelas emissões de gás carbônico na atmosfera.
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Rayssa Leal no programa de reflorestamento na Amazônia — Foto: Reprodução |
- Nós aqui trabalhamos assim, cuidando da natureza porque em troca ela nos dá um clima mais agradável, mais natural. Antigamente, uns vinte anos atrás a gente sabia, olha: essa época da cheia, a água vai parar e vai secar. Hoje em dia a gente não sabe quando é que tá cheio, quando é que seca - disse Silas Rodrigues, agricultor local.
Aqui no Brasil, o planejamento passa pelo plantio de quase 4.500 árvores de espécies nativas que fazem parte das atividades de extrativismo da comunidade e que quatro mil toneladas de gás de efeito estufa sejam eliminados.
O programa ainda inclui moradores locais, que recebem treinamento dos biólogos do instituto Mamirauá, parceiro do COB no Projeto. Eles podem replicar essas técnicas de restauração em outras áreas e eventualmente até conseguir um retorno econômico a partir disso.
O presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Paulo Vanderlei, afirmou que a Rayssa Leal não será a única atleta a cuidar do reflorestamento.
- Cada vinda dessas aqui vai ter a presença de um atleta olímpico. Os comunitários ficaram felizes de ver a nossa atleta, a Rayssa - disse Paulo Vanderlei.
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Rayssa Leal ajuda no reflorestamento em programa olímpico na Amazônia — Foto: Reprodução |
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