O
Ministério Público de Contas (MPC) deu entrada na última segunda-feira
(05), em um conjunto de nove representações junto ao Tribunal de Contas
do Estado (TCE-MA) contra prefeituras maranhenses por conta de
irregularidades no transporte escolar.
As
representações pedem, além da apuração por parte do TCE, a concessão de
medidas cautelares suspendendo pagamentos decorrentes de contratos sob
suspeita e, em alguns casos, o afastamento do prefeito e a decretação da
indisponibilidade de seus bens para fins de devolução de recursos ao
erário.
As prefeituras alvo da
representação do MPC são: Grajaú, Caxias, Presidente Juscelino, Sítio
Novo, Timon, Viana, Anajatuba, Governador Edson Lobão e Vargem Grande.
As irregularidades
encontradas dizem respeito principalmente a contratos de locação para
transporte escolar. Entre os problemas detectados se destacam a péssima
qualidade dos veículos e o valor exorbitante dos gastos. Só o município
de Vargem Grande, por exemplo, teria gasto um total de R$ 3,4 milhões em
dois anos em contratos de locação desses veículos.
As representações tem
como base relatórios da Controladoria Geral da União (CGU) no Maranhão,
no contexto das ações conjuntas entre CGU, Ministério Público Estadual
(MPE), Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público de Contas
(MPC), conhecidas como Operação Pau de Arara.
De acordo com o MPC,
existem ainda dois outros processos, decorrentes de fiscalização do
próprio TCE e não da CGU, já que pela parceria as ações fiscalizatórias
são dividas entre os dois órgãos de controle. São eles Barra do Corda e
Fernando Falcão. Os dois municípios não foram objeto de representação
porque já estão tendo o transporte escolar auditados pelo Tribunal.
Além das representações
do MPC, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público
Estadual (MPE) também estão entrando com medidas contra as nove
prefeituras, cada um dentro de sua esfera de atuação.
A expectativa do MPC é que as representações com pedido de liminar sejam apreciadas ainda neste ano pelo TCE.
TCE divulga posição de municípios maranhenses no Índice de Efetividade da Gestão Pública (IEGM)
Já estão disponíveis para
o público em geral os dados sobre a gestão pública nos municípios
brasileiros consolidados no Índice de Efetividade da Gestão Pública
Municipal (IEGM). O Índice foi concebido em 2014 pelo Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo (TCE-SP) e expandido para os demais Tribunais de
Contas com apoio do Instituto Rui Barbosa.
Composto por sete
indicadores nos setores de educação, saúde, planejamento, gestão fiscal,
meio ambiente, proteção dos cidadãos e governança da tecnologia da
informação, o IEGM fornece um diagnóstico da gestão pública nos
municípios, oferecendo elementos importantes para auxiliar e subsidiar a
ação fiscalizatória exercida pelo controle externo.
Com atualização anual a
partir de agora, o IEGM nacional foi montado com os dados colhidos no
semestre passado, por meio de questionário eletrônico enviado a todas as
prefeituras do país.
No Maranhão, o percentual
de participação foi de 69%, o que corresponde a 148 municípios,
enquanto a média nacional de adesão ao Índice ficou entre 70% e 72% dos
municípios de cada estado.
O resultado pode ser
conferido agora na página do Instituto Rui Barbosa
(www.irbcontas.org.br), que traz a sistematização dos dados levantados
em todo o país, com a posição de cada estado. Para saber os dados do
Maranhão, é só clicar em cima do mapa do estado, que ficou com média C,
correspondendo ao mais baixo nível de efetividade da gestão pública.
O IEGM do estado também
está disponível na página do TCE na internet (www.tce.ma.gov.br), que
tem como diferencial a situação dos municípios em cada um dos
indicadores, e a nota final de cada um dos 148 municípios maranhenses
que responderam ao questionário do IEGM.
Instrumento de
transparência e controle social, já que a sociedade pode verificar por
meio dele a efetividade das políticas públicas em áreas fundamentais, o
IEGM é uma ferramenta preciosa para o trabalho dos Tribunais. “O índice
contribui para o planejamento de nossas auditorias. É um grande norte
para o Tribunal atuar, utilizando sua prerrogativa de orientar a gestão
pública tendo em vista as suas deficiências”, explica o secretário de
Controle Externo, Bruno Almeida.
Fonte: TCE-MA
Fonte: TCE-MA
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