A Polícia Civil do Maranhão conseguiu elucidar o duplo homicídio, que aconteceu no início do mês de junho, em São Luís. As vítimas foram Graça Maria Pereira de Oliveira, de 57 anos, e a filha dela, Talita de Oliveira Frizeiro, de 27 anos.
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Graça e Talita foram encontradas mortas dentro de um carro da família, no início do mês. — Foto: Foto: Reprodução/TV Mirante. |
Mãe e filha foram encontradas mortas dentro de um carro, em casa.
Segundo a polícia, o assassino é um pedreiro que trabalhava próximo à
casa das vítimas. E o mandante do crime foi o ex-marido de Graça Maria.
“O autor do crime foi o pedreiro que estava trabalhando na obra que
dividia o muro entre a casa das vítimas e a casa vizinha. Ele já tinha
acesso à casa das vítimas, pois já estava trabalhando ali desde abril,
então a vítima (Graça) já franqueava a entrada dos pedreiros, oferecia
água. Inclusive, o executor já tinha ganho dela objetos como
liquidificador, micro-ondas, então já era uma pessoa conhecida ali. E
era comum ela abrir o portão de casa para que os pedreiros passassem com
entulhos”, explicou a delegada Viviane Fontenele, titular da Delegacia
Especial da Mulher (DEM).
Segundo a delegada, o pedreiro se utilizou da oportunidade que a vítima dava a ele de ter acesso às dependências da casa.
As informações foram divulgadas, nesta segunda-feira (22), durante uma
coletiva de imprensa. Segundo a Polícia Civil, as investigações duraram
menos de três semanas, e um celular roubado no dia do crime foi
fundamental para que a polícia chegasse ao suspeito de ter executado as
vítimas.
O homem, que é pedreiro de uma obra perto da casa das vítimas, foi
contratado para matar Graça Maria e Talita de Oliveira. Segundo as
investigações, o ex-marido de Graça, que até então era o principal
suspeito de ser o assassino, foi quem planejou o duplo homicídio.
Segundo a delegada Viviane Fontenele, o ex-marido de Graça foi para
Imperatriz, para não deixar provas de que ele foi o autor, mas a polícia
acabou descobrindo que ele havia sido o mentor de tudo e conseguiu
prendê-lo nesse sábado (20).
Ainda de acordo com a delegada Viviane Fontenele, a motivação do crime
seria uma disputa judicial pela divisão de bens do casal. Graça era
sócia de uma empresa de locação de contêiner e, segundo a família, já
tinha, na Justiça, o direito de metade dos bens. Já Talita era enteada
do suspeito de planejar o crime, e seria a herdeira legítima da mãe.
O ex-marido de Graça e o pedreiro apontado como suspeito de ter matado
mãe e filha já foram presos. O pedreiro confessou os crimes em
depoimento e disse à polícia que recebeu R$ 5 mil pelo serviço. De
acordo com as investigações, o mandante teria orientado o pedreiro até
sobre a forma de como as vítimas deveriam ser assassinadas.
A delegada explicou que o homem só não ateou fogo nos corpos dentro do
carro, por medo de chamar a atenção e ser pego no local do crime.
Graça e Talita foram encontradas mortas dentro de um carro da família,
no início do mês. Parentes começaram a sentir falta de mãe e filha,
quando as duas deixaram de responder as conversas de um aplicativo de
mensagem.
Nesta segunda, a polícia prendeu um terceiro suspeito de estar
envolvido no crime. O homem teria intermediado o contrato com o pedreiro
para execução dos homicídios. Segundo a polícia, o homem é o chefe da
obra vizinha à casa das vítimas.
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