
Como foi o caso da aposentada Maria da Luz Pessoa que afirma que
prefere utilizar a água de sua residência para beber. Ela acrescenta que
a roupa em sua casa está acumulando por conta da falta de água. “Não dá
para eu ir agora. Eu tenho que tirar o marido da roça para poder levar
para a bacia para a gente poder lavar roupa”.
O período crítico que geralmente tem começado em julho ainda deve
continuar até janeiro do próximo ano. Na tentativa de amenizar os
problemas causados pela estiagem muitos moradores de povoados continuam
abrindo poços manuais. São poços com mais de cinco metros. Um trabalho
como este exige muito esforço físico por parte, sobretudo dos homens da
comunidade e nem sempre isso é garantia de ter água boa para beber.
Foi o marido da lavradora Francilene de Sousa quem cavou o poço. Deu
água, mas ela fica cheia de sapos o tempo todo e tem gosto ruim. A
lavradora revela que foi a opção que restou para uma família bem grande.
“Só lá na minha casa nós somos dez. Aí tem a casa da minha sogra, da
avó do meu marido também e tem minha tia também que mora perto, e tem a
casa do meu filho também”, finalizou.
Sobre a falta de água a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Rural de
Codó informou que a prefeitura do município leva água semanalmente a 20
comunidades na zona rural, e que o atendimento só não é maior porque
está operando com apenas um carro-pipa. Para ter acesso a esse serviço
de abastecimento é necessário fazer o pedido à Secretaria.
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