![]() |
Comissões da SAF e do Fida tratam com parlamentares, na Assembleia Legislativa, sobre o projeto Balaiada Maranhão Sustentáve |
Uma
alusão à revolta da balaiada. Uma representatividade com pobres,
negros, mulheres e idosos que lutaram por um Maranhão melhor, por um
Maranhão de progresso e de melhor qualidade de vida para sua gente.
Assim, nasceu o “Projeto Balaiada Maranhão Sustentável” nome dado ao
projeto originado da parceria entre o Governo do Estado e o Fundo
Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (Fida) que vai
beneficiar 87 municípios em situação de pobreza e extrema pobreza, sendo
43 prioritários, incluindo povos indígenas.
O
memorando do desenho final do projeto, que tem previsão para iniciar em
fevereiro de 2017, foi assinado na quarta-feira (10), no auditório da
Secretaria de estado de Agricultura familiar (SAF). O Fundo esteve em
missão no Estado visitando e dialogando com municípios dos seis
territórios incluídos no projeto, além de aldeias indígenas e povos como
quilombolas, quebradeiras de coco e extrativistas, a fim de conhecer as
necessidades mais urgentes do público selecionado.
“É
um momento de imensa satisfação porque nós viemos acompanhando desde a
concepção desse projeto, foram longas caminhadas, momentos de negociação
e agora faltam poucas etapas para que o projeto seja consolidado. O
nosso propósito é ajudar o povo do Maranhão a sair desse estado de
pobreza e extrema pobreza, sobretudo os 87 municípios e 43 prioritários.
Pela primeira vez na história, os indígenas vão participar de um
projeto internacional voltado para atendimento às suas necessidades,
então estamos vivendo um momento muito importante para agricultura
familiar no estado do Maranhão”, disse emocionado o secretário de Estado
da Agricultura Familiar, Adelmo Soares.
Para
o representante do Fida no Brasil, Hardi Vieira, a expectativa do Fundo
é proporcionar a essas mais de 790 mil pessoas inclusas no projeto um
atendimento de qualidade. “Queremos chegar a essas comunidades, para
começar junto com elas, a trabalhar o lado organizacional de cada uma
para que as mesmas possam produzir em conjunto, por meio de associações e
organizações, a fim de acessar os investimentos produtivos. A
assinatura desse memorando é um momento chave para o Fida”, explicou.
As
principais demandas feitas pelas comunidades são de apoio à assistência
técnica com investimentos para beneficiamento de cadeias produtivas
como mel, mandioca, ovinocaprino, avicultura e hortifruticultura,
cadeias essas que serão inseridas de acordo com a potencialidade de cada
município.
Para
a secretária adjunta de Extrativismo, Povos e Comunidades Tradicionais
da SAF, Luciene Dias Figueiredo, a assinatura do memorando é mais um
compromisso do Governo do Estado. “É um momento de reafirmação do
compromisso que o Governo do Estado tem com o povo do Maranhão,
beneficiando quebradeiras de coco, extrativistas, índios e quilombolas,
povos esses que antes eram esquecidos”, afirmou.
Assembleia Legislativa
A
comissão da SAF e do Fida visitaram, nesta quinta-feira (11), a
Assembleia Legislativa e, em reunião, além da descrição do Projeto
Balaiada Maranhão Sustentável, trataram sobre a lei autorizativa para a
liberação do empréstimo pelo Tesouro Nacional.
Fida
No
Brasil, o Fida trabalha com foco no semiárido do nordeste para
beneficiar, principalmente, agricultores familiares, assentados e
trabalhadores rurais com prioridade a mulheres e jovens. Combater a
fome, fortalecer a segurança alimentar nas comunidades rurais, gerando
emprego e renda nos municípios maranhenses são algumas atuações do Fida.
No
Maranhão, o Fida atuará em seis territórios: Baixo Parnaíba, Cocais,
Campos e Lagos, Lençóis Maranhense, Médio Mearim e Vale do Itapecuru.
Com investimentos de R$ 156 milhões, o projeto beneficiará 790 mil
pessoas e 122 comunidades quilombolas. O recurso investido no Maranhão é
proveniente da parceria do Governo do Estado e Fida, com a coordenação
da SAF.
Fonte: SAF Texto: Thaise Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário