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Agricultores durante atividades em seminário sobre sementes crioulas realizado em Zé Doca |
Mais
resistentes a pragas, solos de baixa fertilidade e a climas secos, as
sementes crioulas são uma ótima saída para o agricultor familiar
produzir sem depender de agrotóxicos. Na Feira de Agricultura Familiar e Agrotecnologia do Maranhão (Agritec), realizada no município de Zé
Doca, de 04 a 06 deste mês, os agricultores familiares tiveram a
oportunidade de participar do seminário “Cadastro de agricultores:
sementes Crioula”.
O
secretário de Estado de Agricultura Familiar da SAF, Adelmo Soares,
pontuou que o foco do Governo Flavio Dino é aliar conhecimento e
produção e assim fazer da agricultura familiar um eixo importante na
economia do estado. “Levar conhecimento ao nosso agricultor familiar o
fará produzir mais, sendo assim além de produzir o seu próprio alimento,
a produção pode ser sua fonte de renda, proporcionando mais qualidade
de vida”.
No
seminário, os agricultores familiares receberam dicas de como manusear,
adquirir e produzir sementes crioulas. Além disso, houve a troca de
sementes entre os presentes e cada um levou uma variedade diferente
(arroz, feijão, quiabo, araruta, milho, fava) para começar a produzir.
Essa
variedade de sementes são as tradicionais, que não obtiveram mudanças
gênicas por meio de pesquisas científicas e chegaram aos dias atuais
pela prática da agricultura tradicional e pelas trocas realizadas entre
os próprios agricultores.
De
acordo com a coordenadora do Departamento de Mudas, Sementes/Crioulas e
Insumos, da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (SAF), Silmara
Silva Sousa, proporcionar ao agricultor conhecimento sobre sementes
crioulas vai propiciar a eles maior autonomia. “Com as sementes
crioulas, o agricultor familiar se torna menos dependente de políticas
públicas e terá menos ataques de pragas e doenças em suas lavouras evitando, dessa forma, o uso agrotóxico e adubos químicos”, explicou.
O
agricultor familiar José Conceição Costa, do município de Pedro do
Rosário, compartilha da mesma ideia. Ele contou que veio para o
seminário para aprender mais sobre as sementes crioulas. Para ele,
manusear uma lavoura de sementes crioulas é bem mais fácil, já que ela é
mais resistente. “Aprendi aqui que essas sementes resistem bastante nos
períodos de seca e, por esse motivo, podemos produzir mais e melhor em
relação às sementes comerciais”, afirmou.
As
sementes de variedades comerciais são altamente dependentes de químicos
e precisam de solos férteis e com Ph ideal. Geralmente os agricultores
familiares não possuem recurso suficiente para adquirir em toda safra
produtos como calcário e adubos químicos. Por serem menos dependentes de
químicos e por serem adaptadas às condições climáticas de cada região,
as sementes crioulas permitem ao agricultor levar alimento mais seguro
para sua mesa.
Fonte: SAF
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