Quem percorre as
rodovias do estado percebe a quantidade de vendedores comercializando produtos
cultivados em suas propriedades. Um exemplo acontece em São Domingos do
Maranhão, onde agricultores beneficiados pelo ‘Mais Sementes’ começam a colher
a primeira safra após a implementação do programa.
O programa
desenvolvido em parceria pelas secretarias de Agricultura, Pecuária e Pesca
(Sagrima), Agricultura Familiar (SAF) e Agência Estadual de Pesquisa
Agropecuária e Extensão Rural (Agerp), além de capacitar os pequenos agricultores,
realiza o trabalho de distribuição das sementes aos agricultores por meio dos
19 escritórios regionais.
Pelo programa, a
Agerp distribuiu para a safra 2015/2016, 857 toneladas de sementes de milho e
521 de arroz, totalizando mais de 1 mil toneladas (1.378.000 quilos)
beneficiando mais de 136 mil famílias de agricultores familiares, incluindo
comunidades quilombolas, indígenas e assentamentos de várias regiões do estado.
A estimativa de área plantada pelo programa é de 55.875 hectares para esta
safra.
O ‘Mais Sementes’
tem como principal objetivo aumentar a renda, produtividade, qualidade das
sementes de arroz, milho e feijão, e ainda, promover à população tanto
produtora, quanto a consumidora, alimentos de valor elevado que combatam a
insegurança nutricional e alimentar e, também, a pobreza no meio rural.
“A agricultura no
estado está sendo pensada e gerida para aumentar a nossa produtividade, levando
mais comida para a mesa dos maranhenses, combatendo a pobreza e gerando renda.
Estamos buscando ir além do que vinha sendo feito e implantar uma mudança
efetiva, planejada e executada para resultar em mais desenvolvimento para o
Maranhão”, disse o secretário Márcio Honaiser, da Sagrima.

Cada regional da
Agerp recebeu determinadas quantidades de milho, arroz e feijão que foram
distribuídas para agricultores, Sindicatos e Prefeituras. A regional de
Presidente Dutra, que atende quinze municípios pelo escritório, incluindo São
Domingos, recebeu 60 toneladas de milho e 28 de arroz que foram distribuídas
nos municípios atendidos.
Ao município de São
Domingos do Maranhão foram destinadas oito toneladas de sementes de milho a 200
famílias de agricultores familiares dos povoados Baixão Grande, Baixão da
Lagoa, Sabonete e Maria da Eva. No povoado Baixão da Lagoa, os agricultores
receberam as sementes em fevereiro e iniciaram neste mês a colheita da safra,
com estimativa de colher 3.600 kg por hectare.
A variedade de
milho na comunidade é a BRS Asa Branca, cultivar melhorada geneticamente que
oferece maior qualidade e rentabilidade aos agricultores. De ciclo curto, a
colheita é feita entre 80 a 100 dias após a germinação da semente.
A Agerp, além de
realizar a distribuição de sementes aos agricultores, faz o acompanhamento das
famílias levando Assistência técnica e extensão rural (Ater). Preparo da terra,
plantio com o espaçamento correto entre as linhas, controle de pragas, doenças
e irrigação do plantio, são algumas das orientações que os técnicos da
instituição levam até os agricultores, que sem essas instruções básicas a
produção e qualidade do alimento podem ser prejudicas.
Projeto de acompanhamento
sistemático
Para a Safra
2015/2016, a Agerp está desenvolvendo um projeto piloto em cada regional do
órgão para coletar informações sistemáticas da distribuição de sementes
envolvendo as etapas de plantio da semente até a escoação da produção.
O projeto, inovador
no Maranhão, vai funcionar em 20 hectares por regional, ou seja, cada
escritório escolherá a unidade produtiva familiar que será utilizada
experimentalmente na pesquisa. De acordo com o coordenador de Assistência
Técnica e Extensão Rural da Agerp, Artur Costa, o projeto vai fazer uma análise
mais detalhada das sementes semeadas e no final fornecerá dados em relação à
manifestação de pragas, níveis de produtividade e os impactos socioeconômicos.
“A safra passada 2014/2015,
distribuída pelo Estado, não teve acompanhamento e informações dos resultados
alcançados. Então, para a safra 2015/2016 elaboramos o projeto de
acompanhamento sistemático analisando mais profundamente o poder germinativo
das sementes, a qualidade – mesmo sabendo que as adquiridas pelo Estado são
certificadas, mas precisamos comprovar se elas estão respondendo bem em
determinada área, e ver a questão da produção/produtividade e comercialização.
Tudo isso para gerar dados e melhorar a produção do agricultor”, pontuou o
coordenador Artur.
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