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Folha do processo aberto pelo MDS |
O Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome abriu processo administrativo, nº 71000.049396/2014-45,
para apurar irregularidades no pagamento de parcelas do programa Bolsa
Família à família do vereador de Timbiras, Reginaldo Leal Sousa.
Cruzando informações descobriu que entre
janeiro de 2013 e janeiro de 2014 a família sacou, em números
atualizados, exatamente R$ 3.163,29 de forma irregular.
QUAL É A IRREGULARIDADE?
Não há nada de errado com a senhora
Joelma Lima Chaves (a não ser o fato de ter sacado o dinheiro). Ela
aparece no processo do MDS, como a responsável familiar por 4 crianças
beneficiárias do Bolsa Família.
O problema foi com o vereador. O
Ministério constatou que Neguinho das Flores, como é conhecido em
Timbiras, tomou posse em cargo eletivo remunerado em 2013, na Câmara
Municipal.
No momento em que tomou posse do cargo
fez com que a família dele perdesse o direito ao benefício de R$ 302,00
por mês. É o que determina o art. 25, inciso VIII, do Decreto nº
5.209/2004.
Diz o documento enviado à coordenação do Bolsa Família de Timbiras:
“Ao ser empossado em cargo eletivo
remunerado REGINALDO LEAL SOUSA, NIS (…), membro da família de JOELMA
LIMA CHAVES SOUSA, NIS (…) Código familiar (….) fez com que sua
família deixasse de ter direito ao recebimento de benefícios do
Programa Bolsa Família nos termos do artigo 25, VIII, DO Decreto nº
5.209/2004”, descreve o documento
O GOVERNO FEDERAL QUER DE VOLTA
Tudo que a família recebeu, entre
janeiro de 2013 e janeiro deste ano, terá que ser devolvido porque foi
considerado saque irregular.
Com a coordenação do Bolsa Família, que
até a última segunda-feira (1º), não havia notificado o vereador, já
está, além do processo administrativo do Governo Federal, uma Guia de
Recolhimento da União, que é uma espécie de boleto bancário para a
quitação dos R$ 3.163,29.
O QUE O VEREADOR DISSE
Em entrevista à TV Mirante, o
parlamentar respondeu sobre se achava justo alguém com salário de um
vereador (acima de R$ 3.000,00) receber pagamento do Bolsa Família.
“Não, eu não acho justo não porque isso
aí quem tem que ter é as pessoas que não têm cargo nenhuma, que precisa
mesmo por isso que eu tô lhe falando que eu não deixei ela (esposa)
correr atrás pra deixar pra outros que precisam”, respondeu Neguinho das Flores sustentou que não
sabia a quanto tempo a família não recebia mais os R$ 302,00 por mês do
programa, afirmando que há muito estava cortado o referido pagamento.
Também ventilou que quando o governo
federal suspendeu o recebimento ele orientou a esposa a não correr atrás
da regularização, pois achava injusto receber.
De toda forma terá que devolver o
dinheiro, sabendo do erro, ou não sabendo como alegou. Sobre isso, fez
apenas a ressalva de que vai procurar um advogado para orientar-lhe
melhor.
“Eu pretendo pagar sim, mas primeiro tem
que ter informação com um advogado porque a gente fez isso aí sem nem
saber se prejudicava mesmo a gente, nem esperava isso mesmo, nem
pensava. Se eu soubesse que vereador não pudesse receber na mesma hora
logo tinha dito – não, rumbora cortar isso aí, acho que o erro vem de lá
deles (MDS)”, afirmou
Fonte: Blog do Acelio
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