O
governo do estado por meio da Secretaria de estado da Agricultura
Familiar (SAF), trabalha fortemente com suas articuladas (Agência
Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural - Agerp e Instituto
de Colonização e Terras do Maranhão- Iterma), para atender as
necessidades dos agricultores familiares dos Estado do Maranhão e evitar
as queimadas, muito usadas para a produção agrícola e que recentemente
assolaram comunidades da região leste do Maranhão.
Neste
sábado, 22, equipe do sistema SAF acompanhou a limpeza da área de
produção, no assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST), Cristina Alves, no município de Itapecuru Mirim, com
equipamentos doados pela SAF. A patrulha com implementos agrícolas e o
triturador de capoeira foram entregues no mês de maio à comunidade.
Neste sábado as famílias puderam limpar um hectare (1ha) para produção
agrícola sem uso de queimadas. O assentamento tem 100 famílias e o local
possui 4.700 hectares de terra e é originário de um latifúndio
desapropriado há nove anos.
Com
foco para agricultura familiar, o triturador de capoeira é um
equipamento preso a um trator de rodas, que tritura a vegetação
conhecida como capoeira e que após este processo, fertiliza o solo com
os resíduos orgânicos, promovendo o aumento da produtividade na
propriedade e impedindo a emissão de carbono, substituindo também o uso
do fogo, tradicionalmente utilizados pelas famílias rurais no preparo do
solo e abertura de novas áreas agrícolas.
“Com
o triturador os agricultores poderão evitar os impactos negativos das
queimadas no meio ambiente, ampliar a flexibilidade do período de
plantio, além de melhorar as condições físicas, químicas e biológicas do
solo. A grande novidade é que o Governo Flávio Dino vai incorporar esse
equipamento nas patrulhas mecanizadas, e os agricultores familiares vão
passar a demandar o uso do equipamento, com apoio do Sistema SAF e
instruções fornecidas pela Embrapa”, explicou Rogério Sales,
superintendente de Organização Produtiva da SAF. O superintendente
informou ainda que a SAF irá entregar a patrulha com implementos
agrícolas e o triturador para agricultores no município de Turiaçu no
mês de novembro e tem mais cinco em licitação para ser entregues nas
Regionais da Agerp.
Pesquisa
Após
a limpeza, a área será usada como experimento e pesquisa da Embrapa
Cocais que irá validar sistema de manejo com a produção de milho com
adubação verde, rotacionando com feijão caupi com fixação biológica de
nitrogênio. “Esse tipo de produção é bastante produtiva. Para se ter uma
ideia do ganho desse tipo de produção, é o cultivo do milho que tem
produção média no maranhão em torno de 800 kg por hectare, com essa
tecnologia podemos levar essa produtividade para 3 mil kg por hectare”,
informou o chefe de pesquisa da Embrapa Cocais, Carlos Freitas. Além da
demonstração da limpeza da área de produção os agricultores tiveram
oficina com o tema: Capacitação de Manejo e conservação de solo e
mecanização agrícola.
O
projeto para soluções de plantio direto com manejo de capoeira foi
iniciado há 10 anos pela Embrapa Amazônia Oriental, com apoio da Embrapa
Cocais, e agora ganha um grande incentivo com a proposta de parceria
com o Governo do Estado, por meio do Sistema SAF.
“A
patrulha agrícola que recebemos é multifuncional, faz o preparo inicial
do solo, aradagem e gradagem. Agora temos a possibilidade de plantarmos
mais e mantermos a fertilidade do solo, respeitando as características
de cada localidade, como o solo de Itapecuru, que é arenoso e dependente
de matéria orgânica para reestruturação. Com a parceria da SAF e da
Embrapa queremos melhorar nosso sistema de produção e usar uma
agricultura sem queimadas”, pontuou o coordenador do MST, Elias Araújo.
“Os
equipamentos agrícolas vai trazer mais progresso para a nossa
comunidade, aumentando nosso volume de produção, além, é claro, de
diminuir o trabalho braçal do nosso agricultor. É um momento histórico
para nós do movimento”, explicou Gilzane da Silva, presidente da
Cooperativa Mista das Áreas de Reforma Agrária do Vale do Itapecuru
(Coopevi), que tem 89 agricultores cooperados e é situado na comunidade
Cristina Alves.
Fonte: SAF, Texto: Claudilene Maia
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