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Na reunião, foi apresentada a Súmula com os aspectos constitucionais que embasam a decisão (Foto: Ribamar Pinneiro) |
Representantes do Tribunal de Justiça – por meio da Unidade de
Monitoramento Carcerário (UMF) –, Ministério Público Estadual,
Defensoria Pública do Estado, Secretaria Estadual de Administração
Penitenciária (SEAP) e outros órgãos envolvidos no sistema prisional,
definiram a criação de um grupo que irá estudar as formas de aplicação
da Súmula Vinculante N° 56, do Supremo Tribunal Federal, nos presídios
do Maranhão.
A Súmula determina que a falta de estabelecimento penal adequado não
autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso. Os
representantes do TJMA, MPMA, Defensoria Pública e SEAP irão se reunir
com os juízes das comarcas onde existem presídios, para discussão e
definição das possibilidades de aplicação da Súmula.
Durante a reunião, os defensores públicos Bruno Dixon e Caroline
Nogueira apresentaram a Súmula e levantaram os aspectos constitucionais
que embasam a decisão, cujo objetivo principal é respeitar fundamentos
como a dignidade da pessoa humana, individualização da pena e
legalidade, tendo como alvo principal os apenados sentenciados em regime
semiaberto.
Eles discorreram sobre os parâmetros fixados pelo Recurso
Extraordinário N° 64130, no qual o STF decidiu que, havendo déficit de
vagas, deverá determinar-se: a saída antecipada do sentenciado no regime
com falta de vagas; a liberdade eletronicamente monitorada ao
sentenciado que sai antecipadamente ou é posto em prisão domiciliar por
falta de vagas; o cumprimento de penas restritivas de direito e/ou
estudo ao sentenciado que progride ao regime aberto. Decidiu ainda que,
até que sejam estruturadas as medidas alternativas propostas, poderá ser
deferida a prisão domiciliar ao sentenciado.
Os magistrados e demais representantes presentes também levantaram
outros aspectos, como as especificidades de alguns presídios – como os
femininos –; a necessidade de criação de novos estabelecimentos penais e
ampliação de vagas; e a necessidade de se ponderar a aplicação da
Súmula.
Também foi destacada a necessidade de realização de um estudo, para
levantamento dos presos e presas sentenciados no regime semiaberto que
cumprem pena em unidades prisionais destinadas à custódia de internos
dos regimes fechado e provisório.
Participaram da reunião os desembargadores Tyrone José Silva e Vicente
de Paula; os juízes Fernando Mendonça (2ª VEP), Ana Maria Almeida (1ª
VEP), Celso Serafim (Matinha), Mirella Cezar Freitas (Itapecuru Mirim),
Tereza Palhaes (1ª Vara da Comarca de Pinheiro) e Rodrigo Nina (Santa
Luzia do Paruá); o promotor de Justiça Pedro Lino Curvelo (2ª VEP); a
subsecretaria da SEAP Ana Luísa Silva Falcão; coordenadora de Medidas
Socioeducativas da SEDUC e Educação nas Prisões, Simone Costa Miranda
Araújo.
Estiverem presentes também a representante da Comissão de Políticas
Criminosa e Penitenciaria OAB, Rosana Galvão; o Superintendente de
Combate à Violência Institucional, Luís Carlos dos Santos Cintra; o
coordenador Executivo da UMF, Ariston Apoliano Júnior; a chefe da
Divisão Começar de Novo UMF, Ana Lúcia Ramos Araújo; a chefe da Divisão
Técnica da UMF, Joseane Ferreira Froes; a chefe da Divisão Jurídica da
UMF, Larissa Araújo Soares; a analista judiciária Julyana Val de
Oliveira; o presidente do Conselho da Comunidade, Gerson Lelis Costa e o
Conselheiro do Conselho da Comunidade, José Ribamar Santos Coelho.
Juliana Mendes
Assessoria de Comunicação do TJMA
(98) 3198-4370
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