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Foto: Divulgação/SSP. |
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Foto: Divulgação/SSP. |
Segundo a delegada-geral de Polícia Civil, Maria
Cristina Resende, o êxito da operação se deu após a troca de informações
entre os distritos policiais que investigavam os crimes. “São quatro
homicidas confessos, sendo que dois deles estão ligados diretamente aos
crimes do dia 15 de abril. Desde o início das investigações acreditamos
que não eram dois crimes diferentes e sim crimes que estavam
correlacionados. Além destes dois crimes, eles também são suspeitos da
morte de Adriano Sodré Pinheiro, de 28 anos, que aconteceu no dia 31 de
março deste ano. Continuaremos trabalhando para apurar se há a
participação de outras pessoas”, declarou.
Participaram
da ação, equipes das superintendências de Polícia Civil da Capital
(SPCC) e Estadual de Investigações Criminais (Seic), da Polícia
Interestadual (Polinter), Delegacia de Homicídios, 16º Distrito Policial
(Vila Embratel). Durante a operação, um helicóptero do Grupo Tático
Aéreo (GTA) dava o apoio a fim de garantir que, caso ocorresse fugas, a
polícia tivesse total visão da movimentação dos criminosos.
Foram
detidos Jadson Rosa Câmara, 20 anos, conhecido como “Filho de alemão”.
Contra ele, havia dois mandados de prisão em aberto, sendo que um
expedido pela juíza Katya Coelho Dias, da 3ª Vara Criminal do Júri, por
um homicídio ocorrido no dia 19 de novembro de 2013, que vitimou Luís
Carlos Castelo, de 24 anos. O outro mandado foi expedido pelo juiz
Ernesto Guimarães Alves, pela tentativa de homicídio praticada no dia 1º
de janeiro deste ano, que vitimou Marcone da Costa Pereira. Outro
detido foi Gean Araújo Pereira, de 20 anos. Ele também responde pela
tentativa de homicídio contra Marcone da Costa.
Foram
presos, ainda, Luís Antônio Pavão Ferreira, 23 anos, conhecido como
“Limpal”. Ele foi localizado na Rua da Vitória, Piancó. Contra ele, há
um mandado de prisão pela morte de Luís Carlos Castelo. Ele já foi preso
também por tráfico de drogas.
Já contra José Ivan
Silva Câmara, 23 anos, também preso na operação, também existe um
mandado de prisão pela participação na morte de Luís Carlos Castelo. O
criminoso responde ainda a um mandado de prisão expedido em setembro de
2013 por outro homicídio. Ele trocou tiro com a polícia e acabou baleado
na perna. O suspeito foi encaminhado ao Socorrão I e depois transferido
ao Socorrão II, onde permanece internado.
O último
a ser detido foi Carlos Jorge Furtado Rodrigues, de 21 anos, na 1ª
Travessa da Rua da Vitória, Piancó. Ele é apontado, de acordo com o
delegado Paulo Márcio Tavares, titular da Polinter, como o fornecedor
das armas ao bando. Na residência dele, os policiais apreenderam um
revólver calibre 38. A arma será periciada a fim de comprovar se o
revólver apreendido foi também utilizado em outros homicídios cometidos
na Região Metropolitana nos últimos meses.
Ligação entre os crimes no dia 15 de abril
Coordenados
pela delegada Katherine Chaves, superintendentes de Polícia Civil da
Capital, os delegados Jefrey Furtado, titular da Delegacia de Homicídios
e Danilo Veras, titular do 16º DP, deram início ao levantamento de
informações que levassem a identificação e prisão dos autores dos dois
homicídios.
O delegado Danilo Veras explicou que as
investigações para elucidar o crime que vitimou Marcone, que aconteceu
no dia 15 de abril as 15h30, tiveram início logo após o fato.
Imediatamente, as equipes tanto da delegacia de Homicídios quanto do 16º
DP se deslocaram até o local e começaram o levantamento dos primeiros
indícios a fim identificar a autoria. Na cena do crime, os
investigadores da Polícia Civil identificaram que o veículo utilizado
seria um carro que presta serviços a uma empresa de companhia elétrica e
que dentro do carro estariam seis indivíduos.
“Já
identificamos cinco, sendo um deles, o Ivanilton Viegas, conhecido como
“Picachu”. Ele teria descido e com uma escopeta calibre 12 e disparou os
tiros. Sabemos que ele agiu juntamente com seu comparsa que estava
armado com um revolver calibre 380”, detalhou o titular do 16º DP que
afirmou que após o crime, os homicidas se deslocaram até o bairro da
Liberdade, onde se encontraram com mais dois comparsas e teriam ido
cometer o segundo homicídio naquele dia.
Dando
continuidade às investigações, o delegado Jefrey Furtado, disse que por
volta das 18h, do dia 15 de abril, ocorreu o homicídio do “Laranjeiro”.
Com mais este crime, a polícia acreditava na ligação dos crimes. “Quando
ocorreu o crime no São Francisco lembramos que o Domingos Pereira
Coelho é pai do Diogo Michel, um dos detentos mortos dentro de uma
unidade prisional em Pedrinhas e que Marcone é irmão do Irismar Pereira,
conhecido como “Uruca”. A Polícia Civil, então, descobriu a ligação
entre os dois crimes. Eles foram mortos no dia 17 de dezembro de 2013 no
Complexo Penitenciário de Pedrinhas”, explicou.
Ele
afirmou que os dois crimes foram investigados simultaneamente e que
foram perpetrados pela mesma quadrilha. Para a polícia Civil, a
motivação seria por vingança uma vez que os companheiros do mundo do
crime dos dois detentos mortos na unidade prisional estavam ameaçando
vingar as duas mortes.
Todos que foram presos foram
autuados em flagrante delito por Formação de Quadrilha. José Ivan Silva
Câmara foi autuado também pela tentativa de homicídio, em decorrência
da troca de tiros, ocorrida durante a prisão.
Mandante
O
subdelegado geral de Polícia Civil, Marcos Affonso Junior, explicou que
a linha de investigação chegou ao mandante do crime. O suspeito foi
identificado como Ivanildo Madeira Viegas. Ele é ex-presidiário e seria,
de acordo o subdelegado, quem determinava e dava as ordens para os
homicídios. Na lista criminal do principal suspeito como mandante
constam crimes de homicídios, tráfico de drogas e assaltos.
“Estamos
com diversas equipes em campo a fim de localizar o mandante dos crimes.
Ele é o tipo de criminoso que não se expõe, porém é de alta
periculosidade, por isso pedimos que a população continue sendo parceira
da polícia dando informações dos possíveis paradeiros dele”, mencionou.
Fonte: imirante.com
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