A grande questão da atualidade é a pobreza, o desemprego, a falta de
respeito entre as pessoas, as injustiças, etc... questão ética
proeminente.
Vários governos tentaram solucionar esse problema, mas o fato é que
persiste cada vez mais entre os seres humanos. A perpetuação das
desigualdades sociais no Brasil é gritante, fruto de uma sociedade
injusta, segundo relata alguns estudiosos, ainda não alcançados por
diferentes políticas sociais de sucessivos governos.
O problema da exclusão social vem de longe, na Grécia antiga, por
exemplo os escravos, estrangeiros, as pessoas não proprietários de
terras e as mulheres eram excluídos do convívio social, não podiam
participar das decisões políticas daquela época. Já a democracia atual
diz que todos os seres humanos, são iguais, assim será dotados de
direitos do espaço público e dos bens de consumo, e dessa forma
abrangente e inclusiva.
Fiz todo esse breve histórico para chegar de fato a realidade
Coroataense. Se observa que aqui em Coroatá a criminalidade vem
crescendo a cada dia seguido com o uso e venda de drogas. Esse assunto
continua sendo discutido seriamente por professores, e educadores, pais
de alunos, sociedade civil, e entidades sociais, etc. É um tema sério
que merece uma atenção maior, porque está em jogo adolescentes e
crianças, a maioria filhos de pais pobres, mães solteiras, moradores de
periferias, que às vezes sem nenhuma perspectiva de um futuro melhor,
por falta de políticas sociais, algumas alternativas têm que ser criadas
e desenvolvidas para a solução desse problema. O que não pode é nossos
jovens mergulharem cada vez mais nesse caminho quase sempre sem volta.
Alguns começam ter contato com produtos ilícitos ainda na
adolescência ou mesmo quando criança, simplesmente para atender um
pedido de um colega ou ainda para mostrar aos seus amigos que já está
pronto para usar. São jovens que se esqueceram do mundo real e
sobrevivem às margens de um reflexo individual, acreditando em uma
felicidade inexistente, felicidade momentânea, travada por um trago de
entorpecentes. Tudo isso debaixo de uma lei de diretrizes e bases da
Educação Nacional (LDB), no seu art.5, que diz que o acesso à educação é
um direito público subjetivo. Ou seja, qualquer cidadão tem direito e
somos obrigados a passar pela educação básica. A educação é a única arma
capaz de mudar nosso município, nosso estado, nosso país, caminho de
transformações e de grandes conquistas. Isso precisa ser mostrado com
mais motivação aos nossos jovens Coroataenses, para que os mesmos não
sigam caminhos de grande exclusão social, andando pelas ruas de Coroatá,
tendo contato com adolescentes ou mesmo crianças com efeito de drogas. É
triste e preocupante, perigoso, deveriam estar estudando como qualquer
outra criança da sua idade. Ao observar tudo isso foi o que me levou a
refletir acerca dessa problemática, é penoso ter que vê-los sendo
escravizados pelas drogas, pessoas inteligentes que deixaram suas casas,
seus filhos, a sua história, perdendo a oportunidade de ter um
trabalho, construir uma família, ter uma formação, uma vida normal. São
seres humanos excluído e escravos daquilo que eles mesmo acreditam em
ser bom para si.
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Professor - Elizeu Santos |
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