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terça-feira, 1 de abril de 2014

Bandidos rendem motoristas e deixam BR-316 interditada perto de Bacabal

BR-316 bloqueada por bandidos em Bacabal
Seis bandidos armados com revólveres abordaram dois carreteiros e obrigaram os motoristas e deixarem os veículos atravessados na BR-316, no início da MA que dá acesso ao município de São Luís Gonzaga, há 13 km de Bacabal. Além de render os condutores e e interditar a rodovia, os bandidos levaram as chaves das duas carretas. A ação ocorreu por volta das 13h30 desta terça-feira (01). A quadrilha aproveitou que os veículos tiveram marcha reduzida para passar em um quebra-molas e surpreendeu os motoristas. No momento em que entraram nas cabines já foram ordenando os condutores a fechar a BR-316.
De acordo com informações de um dos motoristas, os bandidos não chegaram a levar nada, além das chaves. Um dos carreteiros falou com o Correio Codoense e disse que chegou a oferecer dinheiro, mas eles não quiseram receber. Após a interdição da pista, os bandidos fugiram em direção à cidade de Bacabal.

Veja abaixo, o motorista da carreta preta, contou em detalhes para o Blog como foi a abordagem dos bandidos e os momentos de tensão sob a mira de revólveres.


motorista abordado pelos bandidos
Eu estou contando aqui há meia hora, mas eles fizeram tudo em menos de cinco minutos. Sabe o que é uma arma apontada pra sua cabeça? Eram os seis, cada um mais nervoso que o outro. Eu ofereci o dinheiro, eles disseram pra mim: pode ficar com seu dinheiro. Aí eles mandaram eu fazer o ‘L’ agora. Eu disse vou dá o ‘L’ agora e um ficou com a porta aberta e o outro apontando a arma pra mim. Aí não dava pra mim ver o carro tava caindo pra dentro do mato, aí eu disse não se zangue comigo não, encoste a porta porque não dá pra mim  ver não pra poder dá o ‘L’. Aí um disse assim: rapaz tu tá demorando demais pra dá o ‘L’ nesse carro. Aí eu disse é porque não tá dando pra mim ver, encoste a porta só um pouquinho, tenha paciência. E ele: bora ligeiro, bora ligeiro. Foi na hora que eu fiquei nervoso e ele botou a arma na minha cara. Nessa hora eu não abotoei, ela pesada, eu não reduzi e ela querendo engolir caroço. Ela estancou e foi arriscado até ele atirar, mas eu abotoei e deu certo“, disse o motorista.
De acordo com o motorista, outra chave do veículo já havia sido solicitada, mas iria levar no mínimo dez horas para chegar até o local porque estava vindo de Tianguá, no estado do Ceará.


Quando deixamos o local, uma hora depois do ocorrido, as filas de carros eram grande e já atingiam um raio de quatro quilômetros nos dois sentidos da rodovia. Apenas pedestres, motocicletas e carros de passeio conseguiam passar pelo bloqueio, mas com muita lentidão. Um carro levava até cinco minutos para passara entre uma carreta e outra. Veja no vídeo abaixo.
Os vários motoristas que já estavam impacientes no local, disseram que os quebra-molas facilitam esse tipo de ação e culparam a população pela implantação das lombadas em excesso nas rodovias. “Se eles num pensasse só neles não aconteceria isso. Fazem manifestação, o DNIT faz isso daí e dá nisso. A gente é quem fica correndo perigo agora“, desabafou. De fato, se as pessoas fizessem travessia com cuidado e os motoristas trafegassem com cautela, não seriam necessários tantos quebra-molas, trechos até com excessos.
Veículos usados pelos bandidos para fechar BR

Segundo informações colhidas no local, já era por volta das 14h e até então ninguém da Polícia Militar havia comparecido. Em Bacabal, todos os policiais que fazem parte da corporação do 15º Batalhão estão aquartelados há uma semana e as viaturas recolhidas no pátio da sede da PM. O Blog ficou até às 14h30 e nem sinal de polícia por lá.
Se as informações do motorista estiveram corretas ao dizer que os bandidos não quiseram levar nada, além das chaves dos veículos, a população deve ficar em alerta, porque, certamente a quadrilha planejava ou planeja algum tipo de ação criminosa, também nas cidades vizinhas ou em Bacabal, já que não há policiamento nas ruas. O certo é que as autoridades devem repensar sobre suas imposições. Alguém tem que ceder em nome da segurança da sociedade, sobretudo, do Médio Mearim. O governo do Estado tem que ver as condições e o medo dos moradores e sentar com a categoria que, por sua vez, nada mais quer do que a garantia de seus direitos.

FONTES: Correio codoense

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