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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

ALUNOS DE CODÓ APARECEM EM REDE NACIONAL FALANDO SOBRE FALTA DE COMPUTADORES NAS ESCOLAS.

Uma reportagem da Globo SP, feita pela jornalista Renata Ribeiro, produzida com o auxílio da equipe da TV Mirante de Codó, Maranhão,  foi exibida hoje, 16, em rede nacional por meio do Programa BOM DIA BRASIL da TV Globo. O assunto foi COMPUTADORES EM SALA DE AULA (Falta e utilização).

          
ABAIXO TEXTO DA MATÉRIA PUBLICADO NO SITE DO PROGRAMA

Uma pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico apontou a distribuição de computadores por alunos nas escolas de 64 países. A OCDE avaliou também o desempenho da Europa e do mundo em diversas áreas.

Os três países onde há mais computadores são a Austrália, onde tem mais computador do que estudantes em sala de aula; a Nova Zelândia, com pouco mais de um aluno para cada computador; e o Reino Unido, em terceiro, uma realidade bem próxima da Nova Zelândia.

Nas três últimas colocações desse ranking estão o Brasil, onde há mais de 22 alunos para cada computador. A Turquia com quase 45 alunos para cada computador. E a Tunísia, com pouco mais de 53 alunos por computador.

No Brasil, não bastaria apenas providenciar computador para estudantes. Está faltando uma coisa mais importante ainda, que é o pessoal saber ler. Falta o básico: o domínio da linguagem. Não adianta ter acesso à tecnologia, se o estudante não sabe nem mesmo ler e interpretar textos, por exemplo. Se ele não tem essa habilidade com os livros, não vai ter com os computadores.

Em uma escola na periferia de Codó, no Leste do Maranhão, tem laboratório de informática. Já computador está em falta.

“Tem que ir para lan house fazer a pesquisa. Aí, se nós já tivéssemos computadores aqui na escola, já fazíamos aqui mesmo na própria escola”, conta Remilson da Silva, estudante do 8º ano.
Em uma outra escola da Zona Sul de São Paulo tinha criança na quadra. No salão de jogos. No pátio. Enquanto sobravam computadores. E pensar que a sala era a estrela da escola quando foi inaugurada há 20 anos.

”Foi realmente um diferencial, porque os pais ficaram muito entusiasmados: ‘Agora meus filhos vão ter aula de informática, vão aprender a utilizar o computador’”, diz a gestora de tecnologia, Celize Correia.

O laboratório de informática, vítima do próprio avanço da tecnologia, não está ficando ultrapassado? É que não faz o menor sentido ensinar para essas gerações que nasceram na era da internet a mexer no computador ou no tablet.

O que os estudos sugerem é que o que as crianças precisam aprender na escola é exatamente o que a pedagogia tradicional ensinava muito antes do computador aparecer. A leitura em uma roda de histórias, por exemplo.

O Brasil foi mal na prova da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Os alunos brasileiros tiveram dificuldade em navegar e interpretar textos na internet.

Entre 31 países, o país só ficou na frente dos Emirados Árabes e da Colômbia. E olha só: os países que lideraram o ranking têm menos estudantes usando computadores na escola do que a média dos países envolvidos na pesquisa. Ou seja, mais importante do que ter o computador, é saber usar.
“Se eu não consigo ler e interpretar, eu não vou conseguir encontrar a informação que eu preciso.

Então a dificuldade do brasileiro está anterior ao uso da tecnologia. Está no domínio da linguagem, da língua portuguesa”, afirma Priscila Cruz, diretora-executiva do Movimento Todos pela Educação.
A biblioteca da escola de São Paulo estava cheia de criança. O Gustavo Pompeu, de oito anos, prefere os livros. “No livro você consegue imaginar mais coisas. No computador, você não consegue muitas coisas”, contou.

E o Henrique Demétrio da Silva, de seis anos, também prefere os livros.
Henrique Demétrio: Jogo é para se divertir, né.
Bom Dia Brasil: E o livro?
Henrique Demétrio: É para estudar.

A escolha pedagógica é usar a tecnologia como ferramenta. “A gente preparou uma receita, que era o nosso trabalho de inglês pelo tablet, tipo um livro, qual é o nome? Ah, livros digitais”, disse Tereza Carvalho Parente, de nove anos.

Mas essa não é a realidade da maioria das escolas no Brasil.

“Não dá para a gente imaginar, em pleno século XXI, a gente ainda tem crianças com oito nos de idade analfabetas, mais da metade. Então como a gente espera que essa criança navegue no mundo da internet se elas não sabem nem ler, nem escrever”, ressalta Priscila Cruz, do Todos pela Educação.

O Brasil tem quase 180 mil escolas de educação básica públicas e particulares. O Ministério da Educação disse que 104 mil delas têm computadores e acesso à internet. O MEC diz ainda que ajuda na produção de conteúdos digitais para ajudar no ensino.

FONTE: via blog da Ramyria Santiago G1/Bom Dia Brasil

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