TIMBIRAS CONTA COM OS SERVIÇOS DA RAD IMAGEM E DA ALIANÇA FIBRA

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Direito de sorrir: por que o serviço odontológico parece inacessível para boa parte da população?


O sorriso é, sem dúvida, a principal expressão de qualquer ser humano, prova disso é o fato de ser difícil forjar um sorriso verdadeiro e honesto. Entretanto, o sorriso também é o primeiro a ser afetado quando a saúde bucal vai mal. E para manter a boca saudável é indispensável o auxílio, mínimo que seja, de um profissional da odontologia.

O problema é que por décadas os serviços odontológicos foram vistos como uma espécie de regalia e associados a investimentos elevados. Assim, desenvolveu-se uma cultura que excluiu os dentistas da categoria ‘saúde’ para a categoria ‘estética’ e isso prejudicou o acompanhamento profissional de boa parte da população.

O cirurgião dentista Kheops Renoir explicou que o maior risco para as pessoas que não acompanharam desde cedo o desenvolvimento bucal é o agravamento das doenças. “O ideal é que a pessoa procure prevenir o estabelecimento da doença, tanto cárie quanto doença periodontal, são doenças evitáveis, se a pessoa tiver uma boa higienização e o acompanhamento do dentista. Porque a evolução delas é que podem causar a perda de dentes como acontece bastante.

Cirurgião dentista explica que os serviços estão ao alcance de todos. Foto: Adriano Sousa

O profissional lembrou ainda que os materiais necessários para uma boa higienização são totalmente acessíveis, inclusive o profissional dentista. “Hoje existem escovas e cremes dentais bem acessíveis. Essas escovas são regulamentadas pela vigilância sanitária, pela Associação Brasileira de Odontologia (ABO) e elas são seguras para o paciente. Não é preciso buscar escovas mais caras e robustas para a sua escovação, pois escovas simples já garantem isso. O que vai diferir é a técnica de escovação e para isso ele vai precisar de uma dentista, que o paciente pode procurar na própria rede pública”, comentou.

Concentração do serviço na capital

Junto ao Conselho Regional de Odontologia do Piauí (CRO) são apenas 92 municípios cadastrados no estado, totalizando 2.472 cirurgiões dentistas. A capital, Teresina, concentra 68,5% desses profissionais mostrando a enorme lacuna que fica pendente nos municípios do interior do estado.  
“Temos mais de 2600 dentistas no estado, mas cerca de 1700 estão centralizados na capital. Então temos um estado imenso que precisa ser assistido. Nesse ponto, o poder público precisa tentar interiorizar mais o nosso colega cirurgião dentista nessas regiões do estado. Então é preciso descentralizar postos de saúde, unidades básicas de saúde e o Programa Saúde da Família são estratégias que precisam ajudar nessa interiorização”, é o que explica do presidente do CRO-PI, Antônio Costa.

Presidente do CRO-PI reconhece necessidade de chegar ao interior. Foto: Adriano Sousa

Ele, que assumiu o comando do Conselho no final do primeiro semestre deste ano, disse ainda que os planos são de dar continuidade em algumas ações e implementar novas. “Vamos implementar ações pontuais que imaginamos como forma de colaborar com o dentista e consequentemente dar o retorno para a sociedade. Continuaremos nossas missões de fiscalização só que de forma mais organizada, pois no momento em que a fiscalização alcançar uma abrangência maior seja na capital, seja no interior, vamos favorecer de imediato a população porque nossos colegas cirurgiões dentistas vão ter condições melhores de realizar o serviço de saúde bucal e a população ter acesso ao serviço em condições mais adequadas”.

Confira o vídeo especial:

 
Fonte:Noticias voz.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário