A
violência contra a mulher e as maneiras de combater e prevenir
ocorrências deste tipo foram temas de debates durante o 2° Fórum de
Enfrentamento à Violência contra a Mulher, realizado nesta terça-feira
(22), no Convento das Mercês, no Centro Histórico de São Luís. O evento,
promovido pelo Governo do Estado, recebeu autoridades, representantes
de instituições de apoio e de órgãos da justiça para discutir este e
outros temas referentes. O fórum está integrado ao movimento “21 Dias de
Ativismo e Combate à Violência Contra a Mulher”.
O
evento teve como objetivo discutir e fortalecer as politicas públicas
para o enfrentamento à violência contra a mulher em todos os ciclos da
vida, ressaltou a secretária de Estado da Mulher (Semu), Célia Salazar.
“O
combate a esta violência tem a ver com todas as políticas públicas e
aqui, fazendo uma relação às ações de saúde, discutimos como este setor
pode trabalhar na perspectiva de reduzir essa violência e potencializar
os trabalhos para reduzir os impactos destes casos na vida dessa mulher.
Temos a determinação do governador Carlos Brandão para que todos os
órgãos, atuando em rede, pensem e analisem estratégias para melhorar
esse serviço público, tanto na prevenção, quanto no atendimento para
estas mulheres vítimas de violência”, explicou Célia Salazar.
A
titular da Coordenadoria das Delegacias de Atendimento e Enfrentamento à
Violência contra a Mulher (Codevim), delegada Kazumi Tanaka, pontuou a
importância do momento de debates. “O Maranhão é um dos estados que mais
se destaca no enfrentamento e no trabalho em rede para atender e
acolher a mulher vítima de violência. Discussões como essas são
importantíssimas para que os profissionais da saúde e a sociedade possam
se ver como parte integrante das ações de superação dessa violência a
que as mulheres estão submetidas e, assim, possamos alcançar todas as
maranhenses que precisem de ajuda. A saúde, assim como a segurança, tem
papel de destaque nesse enfrentamento”, ressaltou.
Segundo
dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), de janeiro a
novembro deste ano, foram registrados 64 casos de feminicídios no
Maranhão, todos com definição de autores e as devidas medidas aplicadas.
Em apoio à mulher vítima, o Governo do Estado possui um amplo sistema
de acolhimento que inclui a Casa da Mulher Brasileira, no bairro
Jaracaty, em São Luís; as Delegacias Especializadas da Mulher, em
diversos municípios; o aplicativo Salve Maria; e a Patrulha Maria da
Penha, dentre outros organismos de cidadania e justiça.
“É
um momento necessário para debatermos estas situações e, também,
destacar o papel da Patrulha Maria da Penha, que está em fase de
expansão. Iniciamos na Região Metropolitana essa expansão e tivemos um
grande número de atendimentos, com mais de 20 mil mulheres.
Infelizmente, os casos no interior ainda são muito grandes e houve o
entendimento da Secretaria de Estado de Segurança Pública para ampliar
essa ferramenta de combate à violência contra mulher. A proteção à vida
inclui as ações de policiamento e, também, de resguardo à vida da mulher
e ao seu direito a viver em paz”, ressaltou a coordenadora estadual da
Patrulha Maria da Penha, tenente-coronel Edhyelem Santos.
A
Patrulha Maria da Penha integra a Polícia Militar do Maranhão e, este
ano, soma cerca de 40 mil mulheres atendidas. O serviço está em expansão
para garantir o direito de atendimento e acolhimento às mulheres
vítimas de violência no estado. O Maranhão conta, atualmente, com 14
destes grupamentos.
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