Durante
todo o mês de janeiro, os Centros Socioeducativos da Fundação da
Criança e do Adolescente (Funac) localizados nos munícipios de São Luís,
Paço do Lumiar, Ribamar, Imperatriz e Timon realizaram ações em alusão
ao mês de Janeiro com foco na saúde mental, que este ano trouxe o tema:
“A vida pede equilíbrio”.
Para
a presidente da Funac, Sorimar Sabóia, falar sobre a saúde mental na
sociedade contemporânea é fundamental. "Esta é uma demanda que tem
crescido nos últimos anos, principalmente entre adolescentes e jovens. É
necessário esclarecer a importância do autocuidado, as formas de
prevenção, e os benefícios de cuidar da saúde mental", diz.
Na
Semiliberdade Cidadã, em Imperatriz, aconteceu a roda de conversa
‘Falência das emoções - viver é mais que existir’. Já os socioeducandos e
profissionais do Centro Socioeducativo de Internação Provisória da
Região Tocantina participaram de uma roda de conversa com a assistente
social e especialista em saúde mental, Geriane Sousa.
Geriane
comenta que vivenciamos a era do desperdício emocional, a cada dia com
menos tempo, mais cansados e sobrecarregados com cargas que poderiam ser
divididas com outras pessoas. “O ser humano não é uma máquina, é
necessário viver um dia de cada vez, manter uma rotina de cuidados
diários para não esgotar e desencadear algum transtorno emocional.
Cuidar da mente, é cuidar da vida. Equilíbrio é tudo”, declara Geriane
Sousa.
O
Centro Socioeducativo de Internação Semear encerrou as atividades do
Janeiro Branco com o torneio de vôlei que evidenciou a importância da
comunidade socioeducativa em cuidar do físico, emocional e psicológico. A
coordenadora técnica Ana Paula Passos destaca da importância da
campanha, principalmente para os socioeducandos que estão privados de
liberdade. “Foram momentos de muita alegria, descontração e conhecimento
para os socioeducandos, conduzidos pelo técnico de Esporte, Paulo
Carneiro”, comenta.
A
blitz do Janeiro Branco no Centro Socioeducativo de Semiliberdade de
Timon é uma das ações do Projeto Psicologia, Saúde e Bem-Estar, de
iniciativa da psicóloga Dannyara Aguiar. “O projeto acontece de forma
contínua e durante este mês realizamos atividades com toda a comunidade
socioeducativa, inclusive com a família dos socioeducandos, ocasião em
que realizamos a reunião restaurativa e trabalhamos a temática 'Saúde
mental em evidência'. A blitz teve como objetivo levar a importância do
cuidado com a saúde mental para a sociedade”, explica Dannyara.
O
Departamento Municipal de Trânsito de Timon avalia como positiva a
atividade em parceria com a Funac. “Foi uma ação muito importante e
realizada em uma das avenidas mais movimentada que é a Av. Piauí, a
receptividade dos motoristas e da população foi muito boa. Todas as
pessoas se sentiram contempladas e nos colocamos à disposição para
contribuir em mais atividades”, ressalta Ronaldo Gonçalves, diretor do
DMTRANS.
Um
novo olhar para a saúde mental, foi a proposta da oficina de fotografia
ofertada no Centro Socioeducativo Florescer, mediada por Lohanna
Pausini (jornalista) e Afonso Barros, fotógrafo profissional, graduando
de jornalismo e especialista em marketing digital.
“A
arte da fotografia requer um pouco de sensibilidade para captar emoções
por meio de imagens, e essas técnicas aliadas com as perspectivas,
fotojornalísticas ou institucionais fazem toda a diferença na hora de se
fotografar. E ensinar as socioeducandas essas noções é uma forma também
de empoderá-las”, afirma Pausini.
Afonso
Barros, que atua há mais de dez anos como fotógrafo profissional,
comenta que o Janeiro Branco traz a saúde mental como pauta para o
desenvolvimento e percepção do outro, na busca do equilíbrio mental e
social. “Trabalhamos na oficina de fotografia a autoestima e as
socioeducandas aprenderam as técnicas de manuseio do equipamento e
ajustes de composições para entender sobre diafragma, obturador, ISO,
balanço de branco, regra dos terços, enquadramento, posição de luz,
sombras, volume, aspectos que se modificam a partir do olhar buscando o
equilíbrio mental e a percepção pelo prisma das imagens que transmitem
emoções e sentimentos impossíveis de serem expressos com palavras.
Quando aprendemos a fotografar e entendemos a linguagem da fotografia,
passamos a ver a natureza e as pessoas de uma forma diferente e nossa
percepção cotidiana do mundo se torna mais aguçada e sensível”, explica.
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