Dando
continuidade às ações voltadas para a Campanha Janeiro Roxo, de
prevenção e combate à hanseníase, o Hospital da Ilha realizou mais uma
palestra na unidade. Desta vez, a atividade foi voltada para
colaboradores da unidade, que integra a rede da Secretaria de Estado da
Saúde (SES).
“Essa
atividade tem como finalidade principal sensibilizar os profissionais
que estão em unidades hospitalares, atentar para a questão da hanseníase
como um problema de saúde pública. O Maranhão é o segundo maior em
número de casos entre os estados brasileiros, desta forma os
profissionais de saúde precisam estar capacitados a respeito dos sinais e
sintomas e poder fazer o devido encaminhamento para tratamento
correto”, pontuou a enfermeira Carlile Baldez.
A
palestra foi ministrada pelo médico Hozano Ferreira. Ele pontuou que a
hanseníase é uma doença milenar, mas ainda é muito negligenciada pelo
estigma. “Não é só dar o diagnóstico, o paciente precisa ser
acompanhado, mesmo depois da alta é necessário fazer o acompanhamento. O
tratamento mata o bacilo, mas na questão imunológica, mesmo curado, ele
pode apresentar sintomas, por isso o acompanhamento clínico do paciente
é fundamental”, explicou Hozano, que é especialista em saúde pública e
dermatologia sanitária.
Na
palestra foi abordada ainda a problemática do estigma, a rejeição pela
sociedade e até pela família, comprometendo também o ciclo de amizade.
Durante
a programação desta quinta (26), no Hospital da Ilha, houve a
distribuição de material educativo aos colaboradores da unidade de
saúde, com informações relacionadas aos sintomas da hanseníase, tais
como: manchas avermelhadas, marrons ou esbranquiçadas e perda ou redução
de sensibilidade na área; caroços e inchaços, em alguns casos, com dor;
dor e sensação de choque e fisgados ao longo dos nervos dos braços,
mãos, pernas e pés e redução de pelos e suor na área da mancha.
“Mês
voltado à conscientização sobre a hanseníase, já fizemos ações com os
nossos pacientes, acompanhantes, repassando informações relevantes a
respeito da doença, trabalhando também junto a nossa equipe de
colaboradores, atualizando médicos e enfermeiros sobre os novos
protocolos do Ministério da Saúde. Seguiremos com nossas atividades
relativas ao Janeiro Roxo até o final deste mês”, frisou Danielle
Espíndola, coordenadora do núcleo de vigilância epidemiológica do
Hospital da Ilha.
O Hospital da Ilha compõe a rede de Estado da Saúde e é gerenciado pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH).
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