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segunda-feira, 30 de julho de 2018

TODAS AS LETRAS DAS MUSICAS DO TIMBIRENSE ROBSON ALVIM


FAIXA 01 – S.O.S. ITAPECURU

Pirapemas já secou,
Acauã vai decidir,
O destino dessas aguas,
Afluentes que desaguam,
Passageiros para o fim.

São Bernando não está,
Santarém está com sede,
Piau, Mandi e uma cigarra
Choram na boca da barra
S.O.S. é pra fluir.

Quantas magoas,
Quantas lágrimas
Correm no teu leito
Hoje lutas contra a morte
Quem já foi tão rico e forte
Adeus, Itapecuru !
Quantas mágoas,
Quantas lágrimas
Correm ao teu leito
Mandubé já se mandou
Bicho homem decretou adeus, Iatapecuru !

Pela fauna que restou
Pela flora que destroem
Vamos juntos pela vida
Encontrar uma saida
Salva quem só salva nós.

De Colinas para o mar
Tão perene ele desce
Doa sangue até pra ilha
Italuis é covardia
Não o deixem sucumbir.

FAIXA 02 – TIMBIRANO

Quando eu sair lá de casa
Eu botei
Os meus pés na estrada
E segui
Nem se quer olhei pra trás
Em busca de um tal de sul
E do norte
Deixei Timbiras do Norte
Vi meu coração chorar
Cidades, poeiras
Perigo, sozinhio  
No bolso um padroeiro santinho
São josé de Ribamar
Fui garimpeiro, pedreiro, peão
Violeiro, vigia, garçom
Preso até por traficar,
Depois de tanto
Sofrer o bastante
Aprendir que o mais importante
Não é ter tudo sem pensar

Já tive carro, dinheiro
Mulher e folia
Mas, sem Deus[e sem a familia
Ninguém pode encontar
Ai! que saudade paixão
Vou voltar pro meu sertão
A! Que saudade paixão
Timbiras do Maranhão.



FAIXA 03 – SEQUELAS

Quando a luz da inocencia
Se apagou
E a flor da juventude
Quis nascer
Veio a voz do poder
E me fez parar
Dizendo que o comunismo
Era guerra
E que as drogas eram assassinas
Que os homosexuais
Eram insanos
E só as fardas é que
Tinham razão
Não puderam me convencer
E no silencio do meu quarto
Eu me calei
E a bandeira dos meus sonhos,
Não pude hastear dessa vez
E assim como os sonhos
Fui crescendo
Cabelos compridos, jeans
Um velho tênis
Tentando descobrir
Nos corredores da vida.
A razão pela qual a injustiça,
A miseria e a fome
Eram brasileiras
E foi então como um pelêgo
Que um dia eu descobri.
E rasparam minha cabeça,
Me entregaram poara a policia
Como um marginal.
E a bandeira dos meus planos
Adiar mais uma vez
Por algum tempo fui ateu
Num misantropo me tornei.
Mergulhado em filosofias,
Faculdades, aluguel, desemprego
Bastidores da democracia
Os jornais já não guardam segredos
Meu pais é nocivo
E até você se mandou.

Depois já refeito dos conflitos
Pronto para enfrentar nova batalha
Subitamente senti me Emagrecendo.
Sendo do grupo de risco
Fiz um teste
Não acreditando ao que vi
Logo fiz outro
Depois outro , e mais outro.
Todos HIV positivo.
Hoje a morte é minha amiga,
Assim como minha familia
E a minha fé.
E a bandeira dos meus planos
Adiar mais uma vez
E a bandeira dos meus sonhos
Adiar mais uma vez.
 

FAIXA 04 – PORTÃO K

É como um deserto
De forças invisiveis
Que tragam, que cheiram
E cospem minha alma

Psicodelicamente feliz
Pela mega-ilusão de uma paz
Tão fugaz e soberana

Querendo muito, querendo mais
Como fugir se essa maldita força
É mais forte que eu.

Tento desligar os controles
Mais não consigo evitar
Essa impetuosa sensação
De bem estar.

Cavalos alados
Pro mundo só seu
Como euq ueria ser criança. Outra vez
E quanto ao resto.
E quanto a morte.
Me aguardem num desembarque.
Sorrindo tão triste
NO PORTÃO K...


FAIXA 05 – BREVE DIÁRIO DE UM PAÍS DO 3º MUNDO

Vê um novo dia já se nasceu.
E o sol de novo é mais Brasil,
No céu da América do Sul.

Pego um coletivo ou um metrô,
O destino vai e eu também vou.
Nas garras do 3º mundo.

Marcas dos sem terras pelo chão,
O desemprego e a inflação
Fazem parte desse pesadelo.

Pensando no Nordeste eu rezo forte,
Ultimo trocado arrisco a sorte.
O velho sonho de voltar rico
Pro sertão.

Aves de rapina pousam no planalto
De paletó
Enquanto nas esquinas, meninos e
Meninascheiram cola
A bala perdida, queima de arquivo
É tão natural
E é tanta impunidade
Quanto a imunidade
É tão imoral.


FAIXA 06 – CIDADÃO DO MUNDO


ANTIGAMENTE (Trem do Tempo) 

Havia um tempo aqui
Que eu vivia a sorri
E podia até cantar
E tudo era ilusão
Era minha paixão
O Céu, a Terra, o Ar
Agora posso ver
Que depois de crescer
A Fantasia ficou
E o Trem do Tempo fez
Timbiras mudar de vez
Antigamente eu estou...
Não posso nem lembrar
Só para não chorar
Das peladas de rua
Quando ia pescar
Ou era então caçar
Viajando pra lua
Agora posso ver
Que depois de crescer
A Fantasia ficou
E o Trem do Tempo fez
Timbiras mudar de vez
Antigamente eu estou...
Relembro muito bem
A chegada do Trem
Na estação ao Luar
E a Garota assim
A esperar por mim
Na pracinha a sonhar
Agora posso ver
Que depois de crescer
A Fantasia ficou
E o Trem do Tempo fez
Timbiras mudar de vez
Antigamente eu estou...
Recordo a UNIÃO
Era uma curtição
O Bar do Chico Félix
Em meio a Temporais
Dos Velhos Carnavais
De MIPS e ALCATEIA
Agora posso ver
Que depois de crescer
A Fantasia ficou
E o Trem do Tempo fez
Tudo mudar de vez
Antigamente eu estou...

AUTOR da Letra e Música:
Robson Antônio de Melo e Alvim França.



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