O
sino das Mercês retornou, essa semana, para a Igreja Nossa Senhora das
Mercês, localizada no Convento das Mercês, em São Luís. Datado do século
XIX, o sino passará a compor o acervo do museu Fundação da Memória
Republicana Brasileira (FMRB), onde ficará em exposição ao público como
peça rara de antiguidade.
O
sino estava há 75 anos na Igreja Nossa Senhora da Conceição, no Anil,
após supostamente ter sido doado por padres do Convento das Mercês. O
objeto histórico foi fundido em Lisboa, Portugal, em 1879. Feito de
bronze, ele possui 600kg, 1,40m de altura e 1,20 de diâmetro.
“Esse
sino representa o resgate da memória. As badaladas são algo que
representa a cidade e, poder fazer esse resgate histórico de uma peça
importante como o sino, é um fomento à cultura, ao aprendizado e ao
resgate da nossa memória”, destacou a diretora técnica da Fundação da
Memória Republicana Brasileira, Heloisa Bruzaca.
Não
se sabia que o sino era uma peça histórica do Convento das Mercês até
semana passada, quando a Igreja Nossa Senhora da Conceição ganhou novos
sinos. “Com a chegada dos novos sinos foi feito um levantamento dos
sinos antigos e percebeu-se características de que esse sino poderia ser
o do Convento das Mercês. Então, foi feito um parecer técnico de
avaliação”, contou Heloisa Bruzaca.
No
parecer técnico ficou constatado que se tratava de um objeto raro, de
inestimável valor histórico, que faz parte tanto da memória dos
mercedários (religioso pertencente à ordem das Mercês) como dos
capuchinhos (religioso pertencente a ordem de mesmo nome) no Maranhão,
bem como da comunidade. Estudos apontam que a obra está avaliada em R$
350 mil.
Antes
de ser colocado em exposição, o sino passa por três etapas. A primeira é
a de pesquisa, depois a de catalogação das fichas técnicas e, por fim, a
de acomodação para exposição do artefato.
Visitantes
As
pessoas que forem ao museu da Fundação da Memória Republicana
Brasileira (FMRB) poderão ter acesso a todo o patrimônio cultural
existente no Convento. Ali, está a exposição ‘Brasil em Memória’, que
trata da comemoração aos 200 anos da Independência do Brasil. As pessoas
poderão ver os quadros de todos os ex-presidentes da República e
aprender um pouco da história de cada um deles, desde Deodoro da Fonseca
à Michel Temer.
No
segundo salão, tem a galeria que fala do ex-presidente José Sarney, de
sua trajetória política e literária e, ainda, mostra a carta que Sarney
recebeu de Pelé. Por fim, tem o salão ‘Presente das Nações’, onde são
exibidas peças de vários países como Japão, Israel e outros.
Charges
Está
sendo planeja, para acontecer no mês de abril, uma exposição sobre
charges. A exposição vai contar a história de como surgiu a charge e o
significado dessas ilustrações.
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