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sexta-feira, 17 de julho de 2015

ANTIGAMENTE…

Antigamente, as escolas chamavam-se “grupos escolares”, e eram integrantes do ensino primário que englobavam cinco séries, do 1º ao 5º ano. Os alunos, quando ingressavam no 1º ano, já sabiam ler de “carreirinha”, faziam cópias e ditados e desenrolavam cálculos que envolviam a adição e subtração.

Em Timbiras, o grupo escolar “Maranhão Sobrinho”, era a referência, único a oferecer a referida modalidade e assim concentrava todas as classes. Em sua estrutura física apresentava, quatro salas de aula (havia uma improvisada no pátio), fachada simples com o portão de entrada, quatro janelas em cada sala, as quais permaneciam abertas durante as aulas e não aparecia ninguém para importuná-las; não havia muro circular, apenas dois banheiros, não tinha merenda, não se doavam livros nem outro tipo qualquer de material; todavia “centenas” de doutores em diferentes áreas, saíram deste “grupo escolar”.

Descrevendo um pouco mais, lembro-me que o piso era de cimento, as carteiras e bancos para acomodar “dois” alunos, todo recurso didático que dispunha os professores, era o velho “quadro negro” e alguns pedaços de giz branco. Havia uma professora para cada sala: do 1º ao 5º ano e eram trabalhados desde o 1º ano, conteúdos básicos como: português, matemática, estudos sociais, ciências, religião e desenho.

O mais interessante é que havia apenas uma senhora, cujo nome era Raimunda Araújo, esta abria o prédio, fazia os serviços de limpeza de todas as salas, corredor, pátio e banheiros; passava um pano nas mesas, carteiras e bancos, tocava o sinal de entrada dos alunos; depois ia verificar a água nos potes e filtros, arrumar copos na bandeja e ainda ficava circulando como se fosse uma supervisora.
Na sala da diretoria, duas pessoas davam conta do recado: a Diretora e uma Secretária. Atendendo ao ensinamento de um provérbio que diz: “O hábito não faz o Monge”, mesmo com toda essa precariedade, mas com o compromisso de dar o melhor de si, alunos desta geração e deste grupo escolar, hoje, andam com suas próprias pernas.

Alguns colegas, adeptos dos provérbios, costuma dizer que “Quem vive de passado é museu”, entretanto, eu prefiro afirmar que se Timbiras não tivesse tido um passado tão glorioso, estaríamos lamentando o presente e não teríamos nenhuma perspectiva para o futuro.

Diante do exposto, comparem a escola do passado com as unidades de ensino atuais, comparem tudo desde a estrutura física ao quadro de pessoal, vejam os recursos didáticos atuais, as doações do governo, o conforto das salas, banheiros, etc. E com certeza, você vai entender que realmente “O hábito não faz o Monge”.

É imprescindível o apoio da “família” para o desenvolvimento da educação nos dias atuais. Sem as famílias e a sua total colaboração e cobrança, certamente num futuro bem próximo, vamos está sentindo saudades dos grupos escolares de antigamente.

A palavra mágica é “INTERESSE”, sem isto, escolas e professores tecnológicos de nada adiantarão. Pensem nisso, caros leitores.

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