Posto Galileu sem combustíveis em Timbiras |
O protesto dos caminhoneiros contra o aumento do diesel provoca
desabastecimento de combustível nos postos do município de Timbiras. A mobilização, em
todo país, tem afetado diversas repartições em varias cidades, dentre elas a falta de combustíveis e de alimentos.
Timbiras possui apenas (03) três postos de combustíveis, e o primeiro a faltar a gasolina foi o Posto Pré-Sal que fica localizado no centro, segundo fomos informados a previsão é que normalize até a próxima quinta-feira (31), mas ainda disponibiliza uma quantia pequena de Diesel. O posto Galileu que fica no bairro Forquilha também faltou combustível no ultimo sábado (26), e a promessa também é para quarta ou quinta-feira que vem, disse um dos funcionários, outro posto que também teve seus tanques zerados foi o Nacional 2, que acabou na manhã de domingo (27) e segundo a direção do posto, também só será normalizado a situação logo após a greve dos caminhoneiros.
Além dos combustíveis, já começa a faltar produtos alimentícios e verduras e frutas em alguns estabelecimentos do município.
GREVE
Representantes da categoria se reuniram com o presidente em Brasília. Eles disseram que vão orientar motoristas a encerrar greve após publicação das medidas no 'Diário Oficial'.
Representantes de caminhoneiros autônomos afirmaram que aprovam as medidas para a categoria anunciadas mais cedo neste domingo (27) pelo presidente Michel Temer.
Com a nova proposta, detalhada por Temer durante pronunciamento, o governo espera encerrar a greve dos caminhoneiros, que chegou neste domingo ao sétimo dia.
Posto Pré-Sal também sem combustíveis. |
Entre as medidas está a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel
por 60 dias e a isenção de pegamento de pedágio para eixos suspensos de
caminhões vazios. Apenas a redução de R$ 0,46 no preço do diesel custará
ao governo R$ 10 bilhões.
No pacote, estava prevista a edição de três medidas provisórias para
atender à demanda dos caminhoneiros. As MPs saíram em edição extra do
Diário Oficial da União publicada no fim da noite deste domingo.
Durante o pronunciamento de Temer, foram registrados panelaços no DF, Rio de Janeiro e São Paulo.
Fim da greve?
"Saiu no 'Diário Oficial', a nossa recomendação é que aceitem [as
propostas e liberem as estradas]", afirmou Carlos Alberto Litti Dahmer,
presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga
(Sinditac) de Ijuí (RS).
"Eles [caminhoneiros] só vão aceitar [o acordo proposto pelo governo]
após saírem publicadas no 'Diário Oficial' as medidas que foram
negociadas aqui", disse José da Fonseca Lopes, presidente da Associação
Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), uma das entidades que não tinham
assinado o acordo na quinta-feira (24).
O grupo não tinha assinado o acordo proposto pelo governo na quinta-feira (24) por
entender que ele não atendia às suas reivindicações. Diante da
manutenção da greve pelos caminhoneiros, as entidades foram chamadas de
volta a Brasília nesta domingo para negociar a nova proposta.
De acordo com eles, com as estradas desobstruídas, serão necessários de
8 a 10 dias para normalizar o abastecimento de combustível e alimentos
no país.
"Daquilo que se propunha, o nosso movimento está contemplado. Nós
queríamos piso mínimo de frete, suspensão no preço do combustível do
PIS-Cofins, que está contemplado, queríamos a suspensão por 60 dias de
novos reajustes para ter previsibilidade e o setor se organizar. Está
contemplado", afirmou Dahmer.
Para ele, uma das principais conquistas para a categoria será a fixação de um valor mínimo para o frete.
"Essa política de preço vai fazer com que a gente saiba a quanto está
trabalhando e ninguém vai poder nos explorar menos do que aquele valor,
que será o nosso custo", disse.
Corte do PIS-Cofins e CIDE
A proposta anunciada por Temer prevê a redução de R$ 0,46 no litro do
diesel, que terá validade por 60 dias. A partir daí, os reajustes no
valor do combustível serão feitos a cada 30 dias, decisão que, segundo o
presidente, visa dar mais "previsibilidade" aos motoristas.
Ele informou que o corte de R$ 0,46 se dará com a redução a zero das
alíquotas do PIS-Cofins e da Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico (CIDE) sobre o diesel.
A proposta anterior, divulgada na quinta, já contemplava o corte na
CIDE. A novidade, portanto, é a suspensão da cobrança do PIS-Cofins
sobre o diesel.
No caso do diesel, os valores praticados pela Petrobras são mais da
metade (55%) do preço pago pelo consumidor nos postos; 7% é o custo do
biodiesel, que, por lei, deve compor 10% do diesel, e 9% corresponde aos
custos e lucro dos distribuidores, conforme os cálculos da Petrobras,
que levam em conta a coleta de preços entre os dias 6 e 12 de maio em 13
regiões metropolitanas do país.
Cerca de 29% são tributos, sendo:
- 16% ICMS, recolhido pelos Estados
- 13% Cide e PIS-Cofins, de competência da União.
O ministro Carlos Marun disse que o Procon vai fiscalizar se a redução anunciada por Temer cheguerá às bombas.
"A redução vai chegar às bombas. O Procon está, inclusive, editando
medida e vai fazer fiscalização no sentido de que o nosso objetivo, de
que essa redução chegue ao tanque do caminhoneiro, se torne realidade",
afirmou.
Eixo suspenso e fretes da Conab
Temer também anunciou a edição de três medidas provisórias para atender
a outras demandas dos grevistas. As MPs saíram em edição extra do
Diário Oficial da União publicada na noite deste domingo e preveem:
- Isenção da cobrança de pedágio para eixo suspenso de caminhões vazios, em rodovias federais, estaduais e municipais;
- Determinação para que 30% dos fretes da Conab sejam feitos por caminhoneiros autônimos;
- Estabelecendo de tabela mínima dos fretes.
Medidas provisórias têm força de lei e começam a valer assim que o
texto é publicado no "Diário Oficial da União". A partir daí, o
Congresso Nacional terá até 120 dias para analisar as MPs. Se isso não
acontecer no prazo, as medidas perderão validade.
Reoneração da folha
Durante o pronunciamento, o presidente afirmou que os pontos do acordo
negociado na semana passada seguem valendo, entre eles o que tira o
setor de transporte rodoviário de carga da chamada reoneração da folha.
A proposta, que na prática eleva a arrecadação federal, já foi aprovada
pela Câmara e ainda depende de análise do Senado. Vários setores que
haviam sido atendidos com a desoneração perderão o benefício. Segundo
Temer, o setor dos caminhoneiros não estará entre esses setores.
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