Equipe médica tentou e não conseguiu retirar agulhas do corpo do bebê. Pai, mãe e mulher que teria colocado as agulhas foram detidos pela polícia.
Raio-X mostra agulhas na cabeça de bebê vítima de suposto ritual em São Pedro da Cipa (Foto: Divulgação)
O bebê de 3 meses, que supostamente foi vítima de um ritual religioso e teve agulhas colocadas no corpo,
em São Pedro da Cipa, a 149 km de Cuiabá, continua internado nesta
quarta-feira (14) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica da
Santa Casa de Rondonópolis, a 218 km da capital. Imagens do raio-X
mostram três agulhas na cabeça da criança e uma quarta agulha no
abdômen.
Equipe médica tentou e não conseguiu retirar agulhas do corpo do bebê (Foto: Divulgação)
A Polícia Civil recebeu uma denúncia de maus-tratos e prendeu o pai da
criança, de 27 anos, e uma mulher, além de apreender a mãe do bebê, que
tem 17 anos. Os suspeitos relataram ao delegado que investiga o caso,
Marcelo Melo de Laet, que 'estavam entregando a criança para Deus'. A
Polícia Civil declarou que encontrou elementos que comprovam que os três
suspeitos fizeram um ritual.
egundo a equipe médica do hospital, o estado de saúde da criança é
estável. Os médicos estão preocupados com uma possibilidade de infecção.
Na noite de terça-feira (13) uma equipe de neurocirurgiões tentou
retirar as três agulhas que estão na cabeça do bebê, mas o procedimento
não teve sucesso.
Bebê está internado na Santa Casa de Rondonópolis (Foto: Reprodução/TVCA)
Na mesma noite a menina foi levada para a UTI da Santa Casa, onde
chegou a ser entubada e passar a respirar por ventilação mecânica. Ainda
conforme a equipe médica, a menina continua internada e recebe cuidados
intensivos, passando por exames. Os médicos aguardam uma evolução do
caso para tentar retirar as agulhas.
Bebê está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica da Santa Casa de Rondonópolis (Foto: Reprodução/TVCA)
O caso
Os pais teriam recebido uma quantia de R$ 250 para permitir o procedimento. A mulher presa seria a pessoa que fez a inserção das agulhas no corpo do bebê. O pai e a mulher devem responder por tentativa de homicídio e corrupção de menores, já que a mãe do bebê é adolescente. A Polícia Civil aguarda um laudo médico para saber ao certo as lesões sofridas pela criança.
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