Nesta terça-feira (7), em Brasília, o governador Carlos Brandão esteve 
reunido com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto
 Barroso e Gilmar Mendes para tratar da análise de reequilíbrio fiscal e
 socioeconômico dos estados. A reunião ocorreu após conferência de 
alinhamento entre governadores e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A
 pauta junto ao STF envolveu a recomposição das perdas sofridas pelos 
estados com a redução do Imposto de Circulação de Mercadorias ou 
Serviços (ICMS) sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações.
O
 diálogo solicitado pelo governador foi motivado pelas diligências 
técnicas que o próprio STF tem conduzido desde o fim de 2022. A 
disposição do Supremo para a um debate qualificado possibilita que o 
tema da recomposição seja acordado entre estados e Governo Federal.
“Agradeço
 aos ministros do STF Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes por abrirem 
espaço para ouvirem a situação dos estados sobre a perda de arrecadação e
 a necessidade de continuarmos com políticas públicas essenciais. 
Precisamos de segurança jurídica para seguirmos trabalhando em ações na 
educação, saúde, infraestrutura e demais áreas”, pontuou o governador 
Carlos Brandão.
Na ocasião, o  governador de Goiás, Ronaldo 
Caiado, falou sobre três temas muito convergentes que puderam ser 
debatidos junto ao Supremo Tribunal Federal.
“Tivemos a 
oportunidade de falar com os ministros Barroso e Gilmar, dentro daquilo 
que conversamos com o ministro Haddad, que se trata da possibilidade da 
Advocacia Geral da União sem pronunciar dizendo que, realmente, o ICMS 
cobrado sobre a distribuição e transferência da energia não tem impacto 
algum para o Tesouro, da mesma maneira que o Difal. Falamos em relação, 
também, da não essencialidade da gasolina”, afirmou Caiado.
Queda na arrecadação tributária
A
 recomposição das perdas de arrecadação é importante para assegurar a 
solidez fiscal dos estados, elemento indispensável para o financiamento 
da ação estatal. Em razão da publicação da Lei Complementar Federal nº 
194, de 23 de junho de 2022, o Maranhão enfrentou queda na sua 
expectativa de arrecadação tributária em mais de R$ 2 bilhões, em 2022.
A
 queda na arrecadação trouxe consequências imediatas ao Fundo de Combate
 à Pobreza(Fumacop), recursos que custeiam os restaurantes populares e 
outros programas sociais; recursos destinados à educação, saúde, 
segurança e outras importantes pastas; os repasses ao Ministério 
Público, Tribunal de Contas, Defensoria Pública.
A queda na 
arrecadação também interferiu nas políticas públicas locais, visto que 
25% do produto da arrecadação de ICMS pertence aos Municípios; e nos 
repasses aos poderes Legislativo e Judiciário. 
 

 
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