Roberto
Dória, de 30 anos, é pai da Nilma Aires, de 2 meses. A recém-nascida
foi encaminhada para Unidade de Especialidades Odontológicas do Maranhão
(Sorrir), da rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES), para realizar
o procedimento de frenectomia. “Em menos de dois minutos o procedimento
havia sido concluído. Estou me sentindo aliviado”, disse o pai.
Para
otimizar o fluxo de atendimento dessa população na rede de atenção à
saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Unidade de
Especialidades Odontológicas do Maranhão (Sorrir), em São Luís, realiza a
cirurgia de frenectomia. O procedimento cirúrgico consiste na remoção
do freio, ou prega, da língua ou lábio, impactando nas fases de
alimentação, fala, dicção e até mesmo estética do paciente.
O
pai de Nilma Aires recorda como foi realizado o diagnóstico de
frenectomia. “No dia que ela nasceu, por sinal foi na Maternidade
Benedito Leite, onde também fomos muito bem tratados; a médica que fez o
parto identificou que a linguinha dela era uma pouco presa e que isso
poderia prejudicar a amamentação. Quando chegamos aqui fomos muito bem
orientados”, avaliou Roberto Dória.
O
procedimento é realizado em crianças com encaminhamento das
maternidades ou do Hospital Dr. Juvêncio Mattos. Por semana, são feitas
de oito a 10 cirurgias de frenecotomia na Unidade Sorrir.
“As
crianças quando nascem, elas realizam alguns testes, tais como do
olhinho, do ouvidinho e da linguinha. Neste último é verificada como
está a sucção, sendo observado a presença ou de impeditivos na
amamentação e no processo de alimentação de forma efetiva”, explicou o
diretor técnico da Rede Sorrir, Fabrício Saraiva.
A
cirurgia é indicada quando identificada a presença de freio curto. O
objetivo do procedimento é assegurar qualidade de vida para a criança,
contribuindo para o desenvolvimento da fala, dicção, estética do
sorriso, além da correção evitar possível limitação da mobilidade dos
lábios ou da língua, alterações da fala e transtornos na mastigação.
Os
casos de freio lingual, por exemplo, também conhecido como “língua
presa” (anquiloglosia), são mais realizados em bebês com dificuldade na
amamentação. Já os de freio labial, em crianças com idade a partir de
dois anos. Ambos os procedimentos consistem em um pequeno corte do freio
após aplicação de anestesia local após indicação de um odontopediatra.
Segundo
a especialista em odontologia e odontopediatria do Sorrir, Cyrene
Costa, a cirurgia de frenectomia é relativamente simples. “Consiste em
um pequeno corte para remoção do freio após a aplicação de anestesia
local. Nos bebês, é tudo muito rápido, pois, logo em seguida, pedimos
para que a mãe faça a amamentação a fim de observarmos se o procedimento
foi realizado corretamente”.
Após
o procedimento, os pais ou responsáveis são orientados a retornarem
quando a criança completar seis meses para nova consulta. O objetivo é
verificar a situação clínica do bebê e iniciar o acompanhamento
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