O
Governo do Maranhão avança na proteção e conservação dos ecossistemas
tropicais, em participação na 13ª reunião anual da Força-Tarefa dos
Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force), que acontece
entre 7 e 10 de fevereiro na cidade de Mérida, no estado de Yucatán, no
México.
Durante
a GCF Task Force, o Maranhão foi representado pela secretária de Estado
do Meio Ambiente, Raysa Maciel, que entre as trocas de experiências
destacou o exitoso programa estadual Maranhão Verde, em que 80% dos
beneficiários são mulheres e chefes de família que foram oportunizadas a
empreender, a ter de dignidade e liberdade.
A
partir do Maranhão Verde, que trabalha a preservação ambiental aliada
ao cuidado com as pessoas envolvidas, o estado nordestino já conseguiu
alcançar vários objetivos estipulados na Agenda 2030 da Organização das
Nações Unidas (ONU), entre as quais a promoção da igualdade de gênero.
A
conferência de Yucatán é uma oportunidade para estados e províncias de
dez países conseguirem reunir as diferentes experiências, compartilhar
as ações exitosas e as lições aprendidas.
“É
importante destacar que aqui temos líderes, gestores que tomam decisões
diárias em prol do meio ambiente, esse compartilhamento serve para que a
gente possa acertar mais vezes e consiga entender o que o mundo pensa e
qual a necessidade do planeta em termos de sustentabilidade,
desenvolvimento econômico, social e ambiental”, disse a secretária de
Estado do Meio Ambiente, Raysa Maciel.
Mudanças climáticas
A
secretária de Meio Ambiente do Maranhão reforçou a emergência e extrema
necessidade de se passar a olhar com mais seriedade e comprometimento o
combate aos câmbios climáticos.
“As
mudanças climáticas são reais, afetam o nosso dia a dia, e nós
precisamos nos comportar diante delas. Então, nós temos que agir agora, é
uma ação que precisa ser imediata e também responsável. Precisamos
garantir que nossa biodiversidade seja preservada, que as populações
humanas sigam em desenvolvimento econômico, mas protegendo o meio
ambiente”, reforçou Raysa.
União entre governos e sociedade civil
Raysa
Maciel esclarece que a preservação ambiental e, consequentemente, o
combate às mudanças climáticas só surtem grandes efeitos quando há uma
forte participação entre governos, entidades privadas e sociedade civil,
mas que elas precisam ser capitaneadas, sobretudo, por governos e
chefes de estado.
“O
tema meio ambiente é uma responsabilidade de todos nós: sociedade
civil, governos e entidades privadas. Todos nós devemos garantir que
ações sejam efetivadas em prol do meio ambiente. Nós convidamos todos os
atores desse processo a colocarem suas propostas na mesa e construirmos
um melhor caminho, que perpassa por uma construção coletiva. Isso é o
que os cidadãos e cidadãs esperam dos governos e das empresas”,
esclareceu Maciel.
Estratégia e posicionamento maranhense
Durante
a força-tarefa, o Maranhão se posicionou ativamente em todas as pautas
encaminhadas ao estado e defendeu que não há espaço para a omissão das
discussões, que é preciso apresentar propostas e realizar ações
enérgicas para conseguir garantir um futuro sustentável e com atenção à
dignidade humana nas nações.
“O
Maranhão tem trabalhado o meio ambiente com atenção às pessoas, nós
temos que reconstruir o meio ambiente favorecendo as pessoas que vivem
na floresta e da floresta. Precisamos preservar, mas com atenção à
dignidade das pessoas, essa é uma perspectiva do Maranhão, o que inclui a
proteção dos povos e comunidades tradicionais, e a nossa
biodiversidade. Tudo isso acontece dentro de um contexto que favorece
economicamente, social e ambientalmente o nosso estado”, pontuou a
secretária da SEMA.
Maranhão Verde
O
Maranhão Verde é um programa socioambiental que busca contribuir para a
conservação e recuperação da natureza, além de promover a cidadania,
melhoria das condições de vida e rendimento da população mais carente.
O
objetivo é capacitar os beneficiários do programa para que se tornem
empreendedores verdes e estimulem o desenvolvimento econômico, social e a
responsabilidade ambiental nos municípios envolvidos.
O
programa já beneficiou 1.453 pessoas através da Bolsa Verde, no valor
de R$ 300 reais, pago bimestralmente. Os recursos são oriundos do Fundo
Estadual de Unidades de Conservação (FEUC), que beneficia, em grande
maioria, mulheres chefes de família, que representam 80% dos
beneficiários, aproximadamente.
Desde
2017, mais de 2 mil pessoas receberam capacitações e apoio técnico de
empreendedorismo, produção e distribuição de mudas. O Maranhão Verde
também contribui para a recuperação de 84 hectares de área amazônica com
a produção e plantio de 168 mil mudas nativas.
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