Além
de ser rica em vitaminas e minerais, a abóbora também é conhecida por
prevenir doenças do coração, melhorar a qualidade do sono e beneficiar o
sistema imunológico. Rico também é o território do Sertão Maranhense
por produzir em abundância um alimento tão completo.
Para
a agricultura familiar, o ano inteiro é de muito trabalho, expectativa e
colheita. Nos meses do inicio do ano, os agricultores da região se
organizam para colher a produção, já que o ciclo de varia de 90 a 100
dias. Para o seu Gersino da Silva, de 65 anos, a esposa e seus 9 filhos,
moradores da Comunidade Caminho Velho, em São João dos Patos, esse
período tem um sabor diferente. Esses meses na casa do seu Gersino são
caracterizados pelo colheita da abóbora plantada entre os meses de
outubro e novembro.
A
colheita é esperada com muita expectativa. Só este ano, o seu Gersino
já plantou e colheu 72 toneladas de abóbora, cultura que ele produz em
maior quantidade e comercializa para fora do Estado. A família não foca
apenas na comercialização dessa hortaliça fruta. “A abóbora é o carro
chefe aqui em casa. É o que mais produzimos, mas temos também milho,
arroz e feijão. O milho e o arroz a gente vende por aqui mesmo no
município, o feijão é só pra comer e a abóbora eu vendo para o Estado do
Recife – PE”, explicou o seu Gersino, cheio de alegria. Só nesta safra,
na casa do agricultor, além das 72 toneladas de abóbora, foram 5
toneladas de milho e 6 toneladas de arroz.
O
Governo do Estado, por meio da Agência de Pesquisa Agropecuária e
Extensão Rural – AGERP, órgão vinculado à secretaria de Estado da
Agricultura Familiar (SAF), apoia agricultores como seu Gersino que são
instruídos pelos técnicos da Agência com capacitações e instruções
acerca do cuidado com o solo, plantio e o uso de defensivos agrícolas.
Para
o gestor da pasta da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar,
Adelmo Soares, exemplos como esse mostram que o governo Flávio Dino
segue no caminho certo, valorizando os eixos conhecimento e produção.
“Com a assistência técnica e as capacitações corretas, o nosso
agricultor familiar produz muito mais e, consequentemente, tem mais
qualidade de vida. É isso que nós queremos para a agricultura familiar
do Maranhão: produção e autonomia”, acrescentou o secretário.
Exportação
A
comercialização da abóbora vem sendo a maior fonte de renda de
pequenos, médios e até grandes produtores que exportam para os estados
do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Piauí e também aqui do
Maranhão.
Um
estudo realizado pelo Sebrae – MA, apresentado no município de Colinas,
no ano passado, identificou nova área produtiva no Maranhão. Trata-se
do Polígono da Abóbora que engloba os municípios de Colinas, Paraibano,
Buriti Bravo, Passagem Franca, Sucupira do Norte, Pastos Bons, São João
dos Patos, Lagoa do Mato e Mirador, envolvendo mais de 2 mil famílias em
assentamentos rurais, áreas quilombolas e propriedades rurais de
pequeno porte. Nessa região são comercializadas mais de 12 mil toneladas
por ano, mas a produção total é estimada em 24 mil toneladas anuais.
Para
fortalecer ainda mais a cadeia produtiva da abóbora e outras culturas
como abacaxi, milho, cachaça e caprinos, o Sistema SAF (composto pela
SAF, AGERP e Instituto de Colonização e Terras do Maranhão – ITERMA),
realizará nos dia 06 a 08 de abril a primeira Feira de Agricultura
Familiar e Agrotecnologia do Maranhão – AGRITEC, no território Sertão
Maranhense.
Para
o gestor Regional da AGERP de São João dos Patos, Ednaldo Quirino, a
Feira é diferente de outras feiras agropecuárias, já que a AGRITEC é
direcionada para o agricultor familiar e para o seu acesso a diversos
conhecimentos relacionados à produção agrícola. A Feira é formada por
espaços tecnológicos com demonstração de pequenas alternativas de
cultivo viáveis para o produtor, oficinas, palestras, cursos,
comercialização de produtos cultivados por agricultores dos municípios
da região, dentre outros atrativos
FONTE: SAF TEXTO: Thaise Lima
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