A Prefeitura de Timbiras, por meio da Secretaria Municipal de Saúde,
em parceria com o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), realizou uma
Caminhada pela Luta Antimanicomial, nesta sexta-feira, 20 de maio, com
saída da Praça Benedito Alvim, descendo pela Rua Urbano Santos até o
Sindicato dos Trabalhadores e trabalhadoras (STTR) na Rua Barreto
Vinhas.
A caminhada teve como objetivo dizer não ao tipo de
tratamento oferecido pelos manicômios, ou seja, evitar a permanência dos
pacientes em locais fechados e sem o atendimento profissional adequado.
“Queremos que as pessoas com problemas mentais e os usuários de álcool
ou drogas recebam um tratamento humanizado, sem a utilização da força e
em liberdade. São pessoas que merecem ser tratadas com respeito e
dignidade, “ressaltou a psicóloga do centro de atenção psico social
(CAPS), Paloma Suassuna uma das organizadora da caminhada”.
O
evento contou com a participação dos usuários do CAPS, familiares,
alunos da escola Alberto Abdalla, servidores da área de saúde juntamente
com o Secretario Manoel Rocha, sociedade civil, e demais parceiros da
caminhada.
No auditório do sindicato dos trabalhadores e
trabalhadoras rurais houve palestra de orientação sobre os serviços de
atenção psico social de Timbiras, oferecidos de segunda a sexta feira,
onde também foi ressaltado a importância do convívio em harmonia e
respeito as pessoas que sofrem com problemas que vão desde uma depressão
leve, ou até mesmo um transtorno mais agressivo.
“Saúde mental
não é apenas doença, com rótulos de agressividade, violência e pessoas
perigosas. Quando falamos de sofrimento mental estamos nos referindo a
seres humanos, que precisam de tratamento adequado e também de conviver
em sociedade, e principalmente, dentro de um contexto familiar. O CAPS
de Timbiras existe para promover tudo isso”, esclareceu a Coordenadora
da unidade de tratamento psico social, Regina Lúcia dos Santos.
O
professor, Videlvane Barros, ressaltou a importância da realização do
evento, que chama atenção de todos para um problema que é crescente nos
dias de hoje, por conta da vida estressante na luta diária pela
sobrevivência financeiras das famílias, e outros problemas que são reais
e acontecem todos os dias. “Fiz questão de estar aqui juntamente com o
professor Mota e demais colegas, trazendo os alunos da escola Alberto
Abdalla para compartilhar desse momento esclarecedor sobre essa
problemática, pois sabemos que essas pessoas ainda sofrem com o
preconceito, quando na realidade deveriam ser compreendidas e apoiadas
por todos nós, e como educadores também temos a responsabilidades
de trabalhar com os nossos alunos essa temática, transformando a
informação numa ferramenta de inclusão e apoio a essas pessoas.” Afirmou
o professor.
O Dia da Luta Antimanicomial é comemorado em 18
de maio. Ela surgiu através de uma reforma psiquiátrica da década de 70,
quando profissionais da saúde, trabalhadores, usuários e familiares
iniciaram um movimento contra os ditos manicômios como forma de
tratamento.
Pelo fato de que milhares de pacientes já morreram e
ainda morrem dentro dessas instituições devido à desumanidade no
cuidado, em 2001 foi promulgada a Lei No 10.216, que garante o direito
das pessoas em sofrimento mental, serem tratadas dentro de um contexto
comunitário, tendo eles garantidos os direitos de qualquer cidadão,
ficando vetado o tratamento dentro de instituições com privação de
liberdade.
Fonte: Ascom/Prefeitura de Timbiras
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