Por não terem acesso aos autos do processo de onde emanaram os dois
mandados de prisão contra a ex-prefeita de Timbiras, Dirce Maria, os
delegados Zilmar Santana e Rômulo Vasconcelos não souberam informar com
exatidão à nossa equipe que crimes, especificamente, levaram à este fim.
O regional (Dr. Rômulo) limitou-se a dizer que são crimes
relacionados a administração pública. Já Dr. Zilmar, sem ter certeza,
chegou a falar em peculato, mas preferiu, prudentemente, não
aprofundar-se no assunto por não ter acompanhado o processo.
Vale ressaltar que Peculato é o crime praticado por alguém que exerce
cargo/função pública ao apropriar-se indevidamente de valores ou bens
móveis ou ainda quando os desvia. A pena é severa – cadeia de 2 a 12
anos. Mas é prematuro afirmar, até que alguma autoridade se manifeste ou
tenhamos acesso à ordem judicial, que este tenha sido o motivo dos
mandados da prisão de Dirce. Vamos continuar apurando para só então
revelarmos o real motivo.
HÁ UM MÊS
Mas é certo que os dois mandados já estavam em poder de Zilmar
Santana a, pelo menos, um mês. O próprio delegado confirmou à imprensa
que já tinha tentando cumpri-los na residência de Dirce, em Timbiras,
mas nas vezes que foi não a encontrou.
Ontem (16), foi avisado que a ex-prefeita estava na solenidade de
inauguração da Estação Ferroviária de Codó, chamou sua equipe e veio
fazer o trabalho que a Justiça do Maranhão lhe determinou. Tirou Dirce
do meio das autoridades, livrando-a de um vexame maior, e a informou que
contra ela existiam duas ordens de prisão expedidas pelo Poder
Judiciário conduzindo-a, posteriormente, até à delegacia regional.
Ontem mesmo, por volta das 4h da tarde, Dirce foi transferida para um
presídio feminino que faz parte do Complexo Penitenciário de Pedrinhas,
na Ilha de São Luís.
MAIS CONDENAÇÕES (13,4 anos de cadeia)
Ainda que saia, mais cedo ou mais tarde, Dirce Maria, que governou
Timbiras entre 2005 e 2008, está com sua liberdade totalmente a mercê de
outras decisões que podem estourar a qualquer momento no Tribunal de
Justiça do Maranhão.
Em 28 de janeiro de 2013 foi condenada à 6 anos e 8 meses de cadeia,
no processo Nº 383-62.2010.8.10.0134, movido pelo Ministério Público
Estadual que a acusou de ter usado recursos para fins a que não se
destinavam e, além disso, dispensado licitação quando a lei exigia.
Em 19 de março de 2014 foi publicada outra condenação de 6 anos e 8
meses de cadeia por ter, segundo o que consta do processo de Nº
1020-76.2011.8.10.0134, usado, sem licitação, R$ 1.835.735,31.
Frise-se que estas duas mais recentes condenações foram prolatadas,
em primeira instância, e estão com recursos para serem analisados pelo
TJMA.
Fonte: Blog do Acélio
Nenhum comentário:
Postar um comentário