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segunda-feira, 5 de maio de 2014

Ministério Público deve investigar caso de filha de vereador que estuda em Teresina mas ganha como ACS em Timbiras

Timbiras é uma cidade pequena, grande mesmo são as confusões políticas que estouram vez por outra. Na atualidade explodiu mais uma que começou, aparentemente, de forma inocente envolvendo o nome da filha do vereador Wilson Vieira (PR).


Ofício de Joyce Andrade/click em cima para ver em tamanho normal
Maria José Alves Vieira é agente comunitária de saúde, mas há mais ou menos 2 anos é acadêmica do curso de enfermagem em Teresina – Piauí.

No dia 14 de abril de 2014, a enfermeira Paulliny de Araújo Oliveira enviou um ofício à senhora secretária de Saúde, Joyce de Sousa Mororó Andrade, comunicando-lhe que a filha do vereador não estava comparecendo ao trabalho e que outra filha do edil, identificada como Andréia Alves Vieira  é quem a substituía, inclusive, assinando o ponto para, fraternalmente, evitar as faltas.

A mesma não tem comparecido ao posto de serviço vindo apenas no dia da entrega da produção sendo que sua irmã Andréia Alves Vieira é que tem desenvolvido suas atividades laborais enquanto a Sra. Maria José reside na cidade de Teresina-PI”,  escreveu a enfermeira no ofício enviado à secretária.


 PROVIDÊNCIAS

No dia seguinte, portanto 15 de abril de 2014, como prova documento enviado à redação do blogdoacelio, a secretária de Saúde Joyce Andrade tomou por providência enviar ofício à senhora secretária de administração da Prefeitura de Timbiras , Walcicley Martins Andrade, pedindo a suspensão dos pagamentos da  agente comunitária Maria José Alves Vieira.

Considerando que o agente comunitário de saúde deve, obrigatoriamente, residir no município e na área de atuação, solicitamos providência e suspensão de pagamento de proventos até averiguação do caso”,  pediu Joyce no ofício.

E DEPOIS?

Ainda não sabemos se o dinheiro da agente foi realmente cortado.
O fato mais recente a respeito desta confusão data do  dia 02 de maio quando o vereador Wilson Vieira apareceu  numa entrevista concedida ao site Oitimba.com onde assume que a Andréia substitui, realmente, a outra (a quem chama de Mazé), mas que isso, nem de longe, é o primeiro ou o último caso de imoralidade e ilegalidade na administração pública timbirense.

A explicação é um tanto quanto ‘embananada’. O vereador, diante da situação embaraçosa, diz que a filha estuda mesmo em Teresina, mas reside em Timbiras, que a outra a substitui, mas isso não significa que Mazé está ausente do trabalho.

“A meu ver ela (reportagem) não condiz com a realidade, lá eles dizem que ela mora na cidade de Teresina e na verdade ela mora em Timbiras, ela apenas estuda em Teresina e que, na verdade, tem uma outra pessoa que é irmã dela que substitui ela na sua ausência, mas isso não significa dizer que ela tá ausente do trabalho, simplesmente quando ela sem vem em Timbiras no período que é preciso fazer o seu trabalho, mas nas suas ausências por questão de acordo que teve com a secretaria de Saúde porque ela tá fazendo faculdade na área de enfermagem, uma área que vai enriquecer os próprios conhecimentos de suas funções, então isso é através de um acordo”, diz Vilson no vídeo. click no link abaixo para assistir ao vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=Czqa46HJQ1s

CULPA DA SECRETARIA DE SAÚDE

No contra-ataque, o parlamentar  culpou a Secretaria de Saúde do município por ter firmado acordo com a agente comunitária que reside em Teresina e afirmou que a filha dele não está sozinha neste tipo de ‘jogada à brasileira” para poder estudar fora.

Segundo Vilson Vieira há casos bem piores como o de comissionados que nunca pisaram na própria secretaria comandada por Joyce Andrade, inclusive gente de Maceió, capital do Estado de Alagoas.

“A secretaria foi de acordo, ela sempre é…existem outros casos que é dessa mesma forma e sempre foi do consentimento da Secretaria de Saúde até por quê  como é que uma outra pessoa vai assinar um livro de ponto  por outra pessoa sem o consentimento da secretaria? isso não existe, se tem uma pessoa responsável pelo livro de ponto e dá à uma outra pessoa que não seja servidor pra assinar um livro de ponto eu creio que a Secretaria esteja sabendo para dá o consentimento pra pessoa assinar  e toda vez que a minha filha que é efetiva no agente de saúde não estava presente a outra irmã dela ia substituir, ela assinava o livro de presença para que não caracterizasse falta nela e ela cumprisse a sua tarefa para não deixar a comunidade prejudicada (…)  eu creio que se existe um crime é da própria secretaria que consentiu esse tipo de trabalho”

Porque eu entendo que o caso da Mazé, que é minha filha, não é o único em Timbiras, não é de agora. Existem vários outros servidores públicos que estão na mesma situação que ela, existem outros casos que são pior do que ela,  existem outras pessoas que são da mesma função dela,que num tem ninguém trabalhando no local e tá rebendo,  tem outras pessoas que,inclusive, não prestam nenhuma tipo de serviço na própria secretaria de Saúde, que tão na folha de pessoas comissionadas que nunca pisaram em Timbiras,  tem pessoas de Maceió (Estado de Alagoas) vinculada ao próprio prefeito, sobrinho do prefeito e a gente hoje lamenta muito essa situação no município de Timbiras por ainda existir esse tipo de perseguição política”  concluiu o vereador sua defesa.

CASO PARA O SENHOR MINISTÉRIO PÚBLICO

Dificilmente alguém vai encontrar uma lei no Brasil que autorize tamanha imoralidade administrativa dentro do serviço público. Imagine a situação – você passa no concurso, é nomeado, mas quem vai trabalhar no seu lugar é seu parente  ou outra pessoa qualquer?

Se isso fosse possível, senhores, o Brasil se chamaria ‘Casa de Mãe Joana’.
Outro agravante é que se trata de serviço essencial – saúde. A substituta era, ao menos, agente comunitária, tinha formação na área?

Perguntas que devem ser investigadas, a fundo, pelo Ministério Público Estadual. É preciso saber se houve conivência da Secretaria de Saúde e descobrir todos os que estiverem atuando à margem da lei neste caso para que recebam a punição devida.

O senhor promotor de JUSTIÇA, Ricardo Misko Campineiro,  também deverá fazer um pente fino nesta administração. Apesar de ser uma maneira de defender o feito feio das filhas, as denúncias do vereador não podem passar em branco, como ele mesmo pediu na entrevista.

Se tem gente ganhando sem trabalhar na Prefeitura de Timbiras é hora de descobrir e punir com o máximo rigor da lei, para que todos sirvam de exemplo.

Fonte: Blog do Acélio
 



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